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'Jesus era uma ovelha negra', diz padre na missa de 7º dia de Rita Lee

Padre relembrou vida artística e familiar da cantora em sua fala

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  • Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2023 às 15:48

 - Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

A missa de sétimo dia de Rita Lee aconteceu na manhã desta terça-feira (16), em São Paulo, emocionando familiares e amigos. O padre Antonio Torres lembrou o legado da artista e enalteceu Rita. "Jesus era a ovelha negra, o povo de Israel só queria saber dos milagres, dos prodígios, mas não queriam saber da palavra. Ele foi crucificado, separado, não foi compreendido", afirmou.

A cantora faleceu no último dia 8, no apartamento em que morava com a família em São Paulo, depois de enfrentar um câncer de pulmão. O corpo foi velado no Planetário do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e cremado em seguida, em cerimônia fechada. 

A missa aconteceu na Paróquia São Pedro e São Paulo, na zona sul da cidade. "Deus completou a sua obra. Pode ser que não entendamos, porque é difícil nos separar, é difícil não termos a Rita aqui presente aqui. Mas, ela está na presença do Senhor e nós estamos aqui fazendo memória", disse o padre.

Segundo a Caras, o religioso citou a música Pagu em sua fala. "Lembrei de Pagu, da música que ela fez com Zélia Duncan. Uma bruxa, que é vista como concorda, uma mulher que é só “nádegas”, mas eu percebi na música, como a Rita tinha uma consciência do que era ser mulher. Do que era valorizar a mulher, porque ela era forte, uma mulher que sobe entender no seu tempo qual era a missão. As suas músicas expressavam aquilo que ela sentia, no momento que estava vivendo", avaliou.

Ele mencionou o viúvo de Rita, o músico Roberto de Carvalho, destacando a relação dos dois. "Os casais de hoje parecem que não querem conjugar e Mania de Você é isso. Parece que é só um momento, mas é sempre. É todo dia", disse, citando uma música composta pelos dois. 

Os três filhos do casal, Antonio, Beto e João, também estiveram na missa, que teve transmissão on-line.