Jogo de desarmar

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  • Aninha Franco

Publicado em 1 de agosto de 2020 às 13:00

- Atualizado há um ano

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Ignoro como foi armada a Lava Jato, o primeiro e único jogo de combate à corrupção, no Brasil, desde que o país foi entregue pelo Vaticano a Portugal no Tratado de Tordesilhas (1494) e “descoberto” 6 anos depois por Cabral, o Pedro. Sérgio chegou quando tudo já estava descoberto e, possivelmente, fez a delação que aliou jogadores para o jogo de desarmar da Lava Jato, que está sendo jogado agora. 

Não podemos dissociar a presidência do Supremo do currículo de seu Presidente, o Ministro Toffoli. Nem é possível dissociar a presidência do Executivo do currículo do seu Presidente, Jair Bolsonaro. Humanos adultos são os mesmos Humanos que foram jovens e adolescentes. Mak Tub. Está tudo escrito desde o princípio. Por isso, quando Toffoli suspendeu a investigação sobre Flávio Bolsonaro, em Julho de 2019, era certo esperar o Julho de 2020. Com um detalhe: os Presidentes do STF e Executivo não são os únicos jogadores da desarmação lavajatista A Bancada da Corrupção, a mais numerosa Bancada política brasileira, sonha com o fim desse pesadelo – deles – desde que ele começou, em 2014. Mas outros Jogadores chegaram.  

Jogadores que devem se preocupar com uma questão desde já. Quais deles guardarão os 350 terabytes de que Aras, o Procurador, tanto fala? Quem terá à sua disposição o mais completo dossiê da corrupção brasileira, o ouro da Babilônia, com a delação de Sérgio Cabral relatando propina para dois ministros do Superior Tribunal de Justiça. Quais? Toffoli e Aras sabem. O presidente do STF arquivou três inquéritos da delação, com apoio do procurador-geral da República. 

O Cabral do século 20 também desencobriu uma passada de R$ 25 milhões do empresário Orlando Diniz para o filho do ministro Humberto Martins, do STJ. Mas a delação de Cabral acertada com a PF e homologada pelo ministro Fachin, que encaminhou o caso ao presidente do STF para sorteio de um novo relator, como de Lei, levou o Ministro Toffoli a ouvir Aras, que comunicou seu desinteresse em investigar a história. 

Talvez por esse desinteresse do Procurador Geral da República escolhido pelo Presidente Bolsonaro, o Poder Judiciário prossiga ileso na Lava Jato que, desde 2014, prende colarinhos dourados do Poder Executivo e Legislativo, e empresários preparados para viver tudo, exceto prisões.