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Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2017 às 10:49
- Atualizado há 2 anos
A recepcionista Luana Fernandes Hungria, 24 anos, morta a tiros na tarde desta terça-feira (11) no bairro do Uruguai, terminou o relacionamento por medo do comportamento ciumento do namorado. Eles se conheceram ainda criança, cresceram na mesma rua e começaram a namorar havia cerca de cinco meses. Há cinco dias, Luana resolveu terminar o relacionamento, mas o motorista José Carlos Lopes queria reatar. Luana deixa uma filha de dois anos, fruto de outro relacionamento; Criança ainda não sabe da morte da mãe (Foto: Reprodução)Na tarde desta terça-feira (11), a jovem saiu da clínica onde trabalhava por volta das 14h. Na ida para casa, resolveu encontrar com a amiga Janaína Aguiar Silva Bispo, 24, que também mora no Uruguai. As duas caminhavam juntas até a Rua José Geraldo Veloso Gordillho, onde a recepcionista morava, quando foram surpreendidas pelo ex, que chegou armado em uma moto Honda Fan preta. O irmão da vítima, Lázaro Hungria, 32, confirmou que Luana resolveu colocar um ponto final na relação depois que José Carlos passou a exceder no ciúme.>
"Ele passou a proibir ela de ter amizades. Ele reclamava muito porque a minha irmã tinha muitas amizades com homens", diz. Ainda segundo ele, Luana e o motorista cresceram na mesma rua, no Uruguai. "Nós conhecemos toda a família, não imaginávamos que ele, um cara tranquilo, pudesse fazer isso com ela", completa.>
No sábado (8), José Carlos esteve na casa de Luana. "Eles conversaram por um tempo, mas não brigaram. No final, ele se despediu da minha mãe e chamou ela de sogra", lembra o irmão. Ele conta ainda, que três dias antes do crime, Luana chegou a alertar a mãe sobre o comportamento do ex-namorado. "Até então ela não tinha se queixando dele. Só no sábado, ela conversou com minha mãe sobre o ciúmes, mas não chegou a dizer que estava sendo ameaçada".>
A mãe do motorista também havia alertado ao filho sobre o ciúmes que ele tinha com a nora. "Ela dizia que o filho iria acabar perdendo Luana de vez. A mãe chamou atenção dele várias vezes para a forma como ele vinha tratando minha irmã", conta o irmão.O crime aconteceu na mesma rua onde os dois teriam engatado o relacionamento, em frente à casa da tia do acusado. Luana conversava com Janaína no momento da abordagem. De acordo com os familiares da vítima, José Carlos desceu da moto ameaçando a jovem, foi quando um primo viu a confusão e tentou intervir. "Ele gritava: 'Saia da frente, saia da frente'", conta o irmão da jovem. Luana tentou se esconder na garagem da residência para ligar para a mãe do motorista. "Foi aí que ele puxou ela e efetuou o primeiro disparo. Depois do primeiro tiro, a amiga tomou a frente e também ficou ferida". Segundo a Polícia Civil, foram três disparos. Luana foi baleada no braço e no tórax, chegou a ser levada por familiares para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de San Martin, mas acabou morrendo. Ela deixa uma filha de 2 anos, fruto de outro relacionamento - a criança ainda não sabe da morte da mãe. "Já pensei em mil e uma formas de contar que mãe dela não está mais aqui. Minha irmã, apesar da pouca idade, era madura e matava e morria pela filha", lembra o irmão. O sepultamento acontece nesta quarta-feira (12), às 16h no Cemitério Campo Santo. A família não sabe do paradeiro de José Carlos e ele está sendo procurado pela polícia. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).>