Justiça converte prisões de receptadores de 202 monitores e computadores da SSP

Foi solicitada a conversão da prisão dos três envolvidos, mas a Justiça não deferiu a do servidor envolvido nos furtos

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  • Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2020 às 07:34

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Evandro Veiga/Arquivo CORREIO

Dois homens acusados de participação no esquema de desvio de materiais da Secretaria da Segurança Pública tiveram as prisões em flagrante convertidas em preventivas, após solicitação do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom) da Polícia Civil. De acordo com a diretora do Depom, Fernanda Porfírio, embora houvesse solicitações para os três envolvidos, a Justiça não deferiu a do servidor envolvido nos furtos.

O servidor contratado pelo Regime Especial de Direito Administrativo (Reda). da Secretaria de Segurança Pública (SSP) é acusado de furtar 202 equipamentos eletrônicos da Superintendência de Telecomunicações (Stelecom), localizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Foram subtraídos 159 monitores e 43 computadores. O crime vinha sendo praticado desde março deste ano, mas só foi descoberto no início deste mês. Os equipamentos eram vendidos para terceiros.  Os furtos aconteceram no período de 23 de março a 3 de junho.

De acordo com as investigações, o servidor, que atuava com a manutenção de peças, aproveitava o acesso à sala de materiais para furtar os itens. Ele foi descoberto e denunciado pela Superintendência de Telecomunicações (Stelecom), setor onde era lotado, e confessou o crime. Segundo ele, o material era comercializado no site de vendas OLX por um dos envolvidos. O outro auxiliava no deslocamento das peças do CAB e na guarda dos materiais. Por determinação da Justiça, o servidor responderá o processo em liberdade. Ele também é alvo de um Processo Administrativo Disciplinar.

Os 159 monitores e 43 computadores estavam guardados no almoxarifado da Stelecom e seriam enviados ao Centro Integrado de Comunicação (Cicom) da SSP, no CAB, onde funciona o Centro de Operações das Polícias Militar, Civil, Técnica e do Corpo de Bombeiros, com o atendimento ao cidadão através do 190, 193 e 197. O Cicom utiliza a integração entre tecnologias de rádiocomunicação e sistemas de informação. Os equipamentos seriam utilizados como reserva e reposição de outros equipamentos enviados para conserto. 

Criada em março de 2004, a Superintendência de Telecomunicações (Stelecom) tem a finalidade de integração dos diversos órgãos que compõem o Sistema Estadual de Segurança Pública, no que se refere ao processamento das telecomunicações.

Em fevereiro de 2003, atendendo a uma conclamação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) no sentido de integrar as ações policiais, a SSP  reuniu, em um mesmo espaço físico, as centrais de comunicação das Polícias Militar, Civil e Técnica e do Corpo de Bombeiros Militar, unificando o atendimento de emergência através do tri-dígito 190, 193 e 197, com a criação da Centel (Central de Telecomunicações). A Centel foi extinta com a criação a Stelecom.