Justiça manda soltar guarda municipal suspeito de matar representante comercial em Patamares

Nailton Adorno do Espírito Santo responde por envolvimento no assassinato de Marcelo Tosta Santos, dentro da casa de shows Coliseu do Forró

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  • Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 13:55

- Atualizado há um ano

Acusado de participação na morte do representante comercial Marcelo Tosta Santos, 36 anos, morto a tiros na casa de shows Coliseu do Forró, em Patamares, no dia 3 de dezembro do ano passado, o guarda municipal Nailton Adorno do Espírito Santo teve a prisão revogada pela Justiça. O processo tramita na 1ª Vara do Júri.

Nailton responde por homicídio qualificado. Após o crime, ele ficou internado no Hospital Geral do Estado (HGE). O guarda deixou a unidade médica de cadeira de rodas no dia 5 de Janeiro e foi direto para o Complexo Penitenciário da Mata Escura. Nailton ao deixar o Hospital Geral do Estado (Foto: Divulgação/SSP)O pedido chegou à Vara do Júri no último dia 23. A decisão saiu depois que a Justiça deferiu o argumento dos advogados de defesa, que alegou que o guarda municipal apresenta problemas de saúde, em decorrência do tiro que levou da pistola que matou Marcelo, durante uma confusão.

Ricardo Luiz da Silva Fonseca, o outro guarda municipal que participou do crime, também apontado por testemunhas como autor dos disparos, continua foragido.Marcelo TostaRevoltaAo saber da decisão judicial, parentes de Marcelo Tosta disseram que estão revoltados. “O sentimento que prevalece é o de revolta. Estamos também envergonhados e indignados com a Justiça”, desabafou a irmã do representante comercial, Bianca Tosta. 

“Não entendemos como o Tribunal de Justiça manda soltar. Meu irmão levou seis tiros, quatro deles foram nas costas. Vejo isso como uma irresponsabilidade, um desrespeito ao sofrimento de nossa família”, bradou mais uma vez Bianca. Além da sensação de impunidade, ela teme pela segurança da família. “Qual a garantia que teremos de que não vamos sofrer represália? Estamos expostos”, concluiu.

O advogado da família, José Luiz de Britto, afirma que vai se empenhar na condenação dos guardas municipais. "Eu vou trabalhar para que seja logo marcada audiência de instrução para que eles possam responder pelo crime que praticado contra Marcelo Tosta e, concluída a instrução criminal eles sejam pronunciados e posteriormente condenados", planeja.