Liberdade de imprensa e ética

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  • D
  • Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2019 às 14:45

- Atualizado há um ano

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A decisão dos jurados, não considerando Katia Vargas autora do duplo homicídio de Emanuel e Emanuelle, foi anulada e previsto novo julgamento. Na sessão do dia 07.08, os desembargadores reuniram-se no Tribunal de Justiça para apreciar o recurso da defesa da ré, tentando invalidar esta anulação.

O advogado de defesa acusou a mídia de mentirosa e o desembargador relator, mais ponderado, reclamou do "julgamento em paralelo" da mídia.

As organizações de televisão, rádio e imprensa vêm exercendo com legitimidade o seu trabalho de divulgação e informação, dando transparência ao processo de apuração das mortes brutais dos dois jovens, por motivos fúteis, que comoveu a população de Salvador e deixou a família e amigos deles inconsoláveis.

A quem incomodam os holofotes?

Iniciada a sessão do TJ, o advogado de defesa reiterou suas tentativas de desacreditar as provas constantes do processo.

Na visão do desembargador relator, as possíveis divergências das distâncias entre as testemunhas e a suposta colisão comprometeriam os seus depoimentos e a conclusão de não colisão do auxiliar técnico da defesa, entre outras alegações, o levaram a acatar o recurso.

Dois desembargadores que o sucederam discordaram e manifestaram-se enfaticamente sobre a importância do fato das cinco testemunhas declararem ter visto a colisão entre o veículo e a moto, sendo irrelevante a distância exata onde se encontravam, desde que não comprometesse a visibilidade. Também afirmaram que o parecer de um auxiliar técnico pago pela acusada afirmando não ter havido colisão, teria bem menos credibilidade do que o parecer técnico constante do processo, da Perícia Técnica oficial, assinado por engenheiros formados na Escola Politécnica da Bahia, contendo análise técnica minuciosa, envolvendo tintas dos dois veículos, trajetória, amassados em chaparias, danos gerais e demais detalhes, concluindo que houve colisão entre o veículo e a moto. Votaram rejeitando o recurso, mantendo a anulação do júri.

Outros desembargadores expuseram seus pontos de vista e dois deles solicitaram adiamento dos trabalhos para melhor análise do processo, nova data marcada para 04.09.

Agradeço à mídia pelo trabalho realizado, à população de Salvador pelo apoio e vamos continuar lutando junto com a promotoria e o Dr. Keller, acreditando que a Justiça é para todos e a impunidade é pior do que o crime.

Oto Malta é administrador de empresas com pós em Marketing e Mestrado em Gestão

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