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Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2019 às 05:00
- Atualizado há um ano
Entre a euforia do sonho com uma vaga para a Libertadores e o discurso cauteloso de manter fincados os pés no chão, onde deve se situar o torcedor tricolor? Você leu aqui no Correio o volante Gregore, um dos destaques da equipe, afirmar que o Bahia vai brigar para estar no torneio continental na próxima temporada. Você já deve ter escutado o técnico Roger Machado dizer que sonhar não custa nada. Por outro lado, você já foi precavido por Gilberto para que não saísse por aí alimentando grandes expectativas. Respondendo à pergunta que abriu esta coluna, eu acredito ser possível um pouquinho de cada coisa.
Primeiramente, deixe-me tocar em um ponto que parece relegado a segundo plano. Faltando três rodadas para o fim do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, percebeu como as palavras Bahia e rebaixamento andaram em direções opostas durante toda a competição? Sem que quase ninguém percebesse, o discurso de apenas manter-se na Série A desapareceu. Mas não foi de uma hora para outra. Foi um trabalho de formiguinha realizado ano após ano, focado em recuperar a credibilidade e fortalecer a marca do clube. Ponto para as gestões pós-abertura democrática, pois todas elas contribuíram para que isso fosse possível.
Brigar para não cair, manter-se na Série A e fazer um campeonato seguro. Essa foi a caminhada do Bahia degrau por degrau, desde que voltou a disputar a elite do futebol nacional, em 2017. Se será possível estar na briga por uma vaga no G6 quando o campeonato afunilar, isso ninguém pode responder. Olhando o que a equipe fez até aqui, dá para dizer que sim, é possível. Mas é muito difícil, afinal o Brasileirão é uma das competições de futebol mais duras do planeta.
A verdade é que a equipe de Roger Machado mostrou virtudes importantes, como a solidez do sistema defensivo, prova disso é que o goleiro Douglas não foi vazado em oito das 16 rodadas da competição. A filosofia do treinador de marcação forte e transições em alta velocidade está assimilada pelos atletas, que são ferozes na hora de contragolpear. Além disso, há jogadores vivendo fase excelente, casos de Douglas, Gregore, Artur e Gilberto. É muito difícil bater o Bahia, equipe que não perde há seis partidas (quatro empates e duas vitórias).
A grande questão é a seguinte, meu amigo: o segundo turno costuma ser ainda mais difícil do que o primeiro, pelo caráter decisivo que cada partida ganha. Além do mais, equipes que se dividiam entre duas ou mais competições passam a focar somente no Brasileirão, enviando força máxima todo santo jogo. Veja o exemplo do Atlético-MG. O Bahia venceu com mérito, mas não se pode ignorar que o Galo, envolvido com a Copa Sul-Americana, mandou a campo um time reserva.
O Bahia tem o mérito de ter somado pontos suficientes para estar ocupando a 8ª posição, distante apenas três pontos do Galo mineiro, 6º colocado. Seguir trilhando um caminho de sucesso passa por pontuar nas três últimas rodadas do turno, nos duelos contra CSA e Fortaleza, em casa, e Vasco, fora. Caso consiga somar pelo menos seis pontos, a equipe fecharia a primeira metade do campeonato com 30, pontuação excelente para os objetivos do clube.
Rafael Santana é repórter do globoesporte.com.