Líder de quadrilha que executou cabo Gonzaga é morto em operação da polícia

Morte aconteceu em Camaçari

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  • Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2019 às 07:53

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Apontado pela polícia como líder da facção criminosa Comando da Paz, no complexo do Nordeste de Amaralina, foi morto em confronto com as forças policiais na manhã desta quinta-feira (17) Marcelo Henrique Menezes dos Santos, o 'Elias Pinto'.

Elias Pinto, segundo a Secretarria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), liderava a quadrilha responsável pela morte do cabo Gustavo Gonzaga da Silva que ocorreu em junho de 2018.  Gonzaga estava voltando para casa depois do trabalho e dava carona para um amigo de infância, conhecido como Jai, quando foi abordado por três criminosos, identificados como Choquito, Keka e Leno. O PM foi torturado e teve o corpo mutilado antes de ser morto pelo trio. Gonzaga ainda recebeu vários tiros na cabeça. Elias comandava quadrilha responsável pela morte do cabo Gonzaga Foto: Divulgação Ex-Ás de Ouros do Baralho do Crime da SSP, Elias Pinto já tinha sido preso e cumpriu pena no sistema prisional. Em junho de 2018 a polícia descobriu uma casa que por fora aparentava ser simples, mas por dentro era luxuosa. O imóvel situado na Santa Cruz, no Nordeste de Amaralina, era usado pela esposa de Elias Pinto.

Elias foi morto em operação de equipes da Secretaria da Segurança Pública (Polícia Civil, Polícia Militar e Serviço de Inteligência) e da Polícia Federal  junto com Dimas Santos do Nascimento, que, segundo a SSP-BA, seria seu comparsa. Eles estavam escondidos no distrito de Areias, município de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS).

Com ele e Dimas Santos do Nascimento, segundo a SSP-BA,  foram apreendidos duas pistolas calibre 40, carregadores, munições e 15 celulares. A SSP-BA informou que haviam dois mandados de prisão contra Elias: um por tráfico e outro por homicídio. A secretaria, contudo, não deu detalhes sobre o mandato.  Dimas, comparsa de Elias, segundo a SSP-BA, também foi morto pela polícia  Foto: Divulgação Ele era um dos gerentes do grupo e estava solto depois de não retornar ao Complexo Penitenciário da Mata Escura – ele foi beneficiado pelas saídas temporárias. Investigado por equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Superintendência de Inteligência (SI) da SSP e PF, Elias passou um tempo escondido no Rio de Janeiro. Ele era responsável pela distribuição de drogas e armas, além de determinar mortes de rivais em Salvador, de acordo com a SSP-BA. 

Participaram também do trabalho integrado equipes do Bope, Graer, Rondesp Atlântico, Cipe/Polo e CPE da Polícia Militar e COE da Polícia Civil.

A SSP informou ao CORREIO que o policiamento na região do Nordeste de Amaralina ficará reforçado por tempo indeterminado por conta da morte de Elias. 

Casa sem reboco, mas com luxo  O muro sem pintura e sem reboco e a porta parcialmente quebrada não davam pistas. Mas, por dentro, estava uma casa de luxo – com direito a adega e espaço construído em conceito aberto. Mais do que um imóvel de alto padrão, a casa, localizada no Nordeste de Amaralina, escondia um dos três traficantes mais procurados da Bahia. 

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), o imóvel era usado por Marcelo Henrique Menezes dos Santos, o Elias Pinto, suspeito de liderar a quadrilha responsável pela morte do cabo Gustavo Gonzaga da Silva, 44 anos, assassinado e torturado no sábado (9). A casa foi encontrada pela polícia no dia 15 de junho de 2018.