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Da Redação
Publicado em 9 de março de 2021 às 08:06
- Atualizado há 2 anos
O lutador de jiu-jitsu João Antonio Vieira de Souza, de 40 anos, está sendo procurado pela polícia sob a acusação de ter espancado até a morte um morador em situação de rua em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Segundo o jornal Extra, o crime aconteceu na madrugada de 19 de dezembro do ano passado. Filha do atleta, Jeniffer Soares Vieira de Souza, de 22 anos, também é acusada de envolvimento no crime.>
As investigações policiais concluíram que a vítima, Alexsander Costa de Oliveira, que estava drogado e alcoolizado. Ele foi agredido até a morte após ter ameaçado Jeniffer e uma amiga. >
Uma das testemunhas do caso é um motorista de ônibus, que estava próximo ao local. Em seu depoimento, ele afirmou que, por volta das 2h15 do dia 19 de dezembro, ele aguardava o momento de sair com o veículo do ponto, quando viu o morador de rua em uma "atitude intimidadora" contra as jovens. O condutor, então, piscou o farol para as jovens para que ambas viessem para dentro do ônibus aguardar sua saída. As amigas se aproximaram e entraram.>
A amiga de Jeniffer, identificada como Lavínia, relatou ao motorista que o homem estava “mexendo” com elas e disse que as mataria. Em seguida, segundo a testemunha, Alexsander começou a desferir socos contra o video da janela onde as meninas estavam sentadas. >
Após pedidos do motorista para que parasse de fazer aquilo, o morador em situação de rua se afastou. A testemunha afirmou que o morador de rua aparentava estar muito bêbado ou drogado. As jovens seguiram viagem com o motorista mas, em determinado momento, Jeniffer viu seu pai andando pela rua e pediu que o condutor parasse o veículo.>
Ainda de acordo com o Extra, neste momento Jeniffer contou ao pai o ocorrido e ambos foram até o local onde a vítima dormia. Imagens de segurança captaram o momento em que o crime aconteceu. O lutador parou no local onde Alexsander dormia e começou a espancá-lo durante um minuto. Todos os golpes foram na cabeça, matanto a vítima com traumatismo craniano.>
Para a polícia, Jeniffer foi a responsável por apontar o morador em situação de rua para o pai, assim como o instigar a agressão. Além disso, ela é acusada de ter dado cobertura ao lutador enquanto as agressões ocorriam, monitorando o local do crime.>
Em seu relatório final, o delegado João Valentim Neto, responsável pela investigação, frisou que as ameaças de Alexsander contra Jeniffer e a amiga eram “totalmente inofensivas e desprovidas de seriedade, levadas a efeito em decorrência do uso excessivo do álcool”. >
O delegado acrescenta ainda que o próprio motorista de ônibus afugentou a vítima sem muito esforço e ressalta que o morador em situação de rua em momento algum tocou nas jovens, praticou ou ameaçou praticar atos libidinosos ou obscenos.>
João Valentim Neto ainda frisa, no relatório, que por ser lutador, João Antonio tinha consciência da gravidade dos golpes que aplicava na vítima, “e foi totalmente indiferente à vida alheia”.>
João Antonio teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e está foragido. Já Jeniffer terá que cumprir algumas medidas cautelares, como a proibição de ter contato com testemunhas do processo. O lutador e a filha foram indiciados por homicídio duplamente qualificado. Eles já foram denunciados pelo Ministério Público estadual e viraram réus em processo na 1ª Vara Criminal de Petrópolis.>