Maia e Alcolumbre lamentam ofensa de Bolsonaro contra jornalista da 'Folha'

Maia se pronunciou sobre a ofensa do presidente Jair Bolsonaro à jornalista Patrícia Campos Mello

Publicado em 19 de fevereiro de 2020 às 13:34

- Atualizado há um ano

Para o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), episódios na direção contrária da democracia e liberdade de imprensa podem afastar investidores do País. "Todo mundo sabe a importância que tem para a democracia a liberdade de imprensa, todo mundo sabe o respeito às mulheres, aos jornalistas, à liberdade de imprensa. Tudo o que acontece que vai na linha contrária vai sinalizando de forma negativa para a sociedade e para os investidores no Brasil", disse.

Maia se pronunciou sobre a ofensa do presidente Jair Bolsonaro à jornalista Patrícia Campos Mello, repórter do jornal Folha de S.Paulo. "Eu já comentei sobre esse assunto, da gravidade desse assunto, todos sabem a minha posição, eu não preciso ficar narrando cada vez que um episódio triste e lamentável como esse acontece", disse.

Para ele, isso causa dificuldade. "Por isso que quando começa o ano, a economia está sempre crescendo num patamar mais alto, chega no final do ano a economia caminha para outro patamar, porque esse tipo de declaração sempre vai gerando perplexidade e insegurança na sociedade brasileira", disse.

O presidente do Senado Davi Alcolumbre destacou o papel da imprensa para as instituições. “Primeiro com relação às declarações do presidente nesse episódio com a jornalista, a gente lamenta, porque a gente sabe o papel fundamental da imprensa brasileira”, afirmou após reunião no Congresso com o governador de São Paulo, João Dória, para tratar da reforma tributária.

Augusto Heleno

Maia fez ainda críticas ao chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, que teria feito críticas ao Congresso sobre a aprovação do Orçamento impositivo.

"Geralmente na vida, quando a gente vai ficando mais velho vai ganhando equilíbrio, experiência e paciência. O ministro pelo jeito está ficando mais velho e está falando como um jovem", disse. "Uma pena que um ministro com tantos títulos tenha se transformado num radical ideológico", afirmou.