Maior ‘ladrão de bola’ do Bahia, Rezende se firma entre os titulares com boas atuações

Volante deu a volta por cima é destaque do tricolor na Série B

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 6 de maio de 2022 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Depois de um início de ano conturbado, com direito a eliminações nas primeiras fases da Copa do Nordeste e do Campeonato Baiano, o Bahia deu a volta por cima e vive boa fase. A liderança na Série B deu tranquilidade ao time e criou boa expectativa para o resto do ano. Dentro do elenco, um jogador em especial também pode comemorar a evolução: o volante Rezende. 

Contratado no início da temporada, Rezende iniciou a sua trajetória de forma tímida no Esquadrão. O camisa 5 alternou entre a titularidade e o banco de reservas no primeiro trimestre, mas desde o início do Brasileiro ele se tornou peça fundamental no time.

Com boas atuações, Rezende contribui para deixar o meio-campo mais sólido e ajuda a potencializar o lado esquerdo de ataque, garantindo proteção nas subidas do lateral Luiz Henrique. A fase é tão boa que o jogador é referência entre os atletas do campeonato.

De acordo com o site FootStats, o volante do Bahia é o segundo jogador com mais desarmes na segunda divisão nacional. Ao todo ele conseguiu 15 roubadas de bola em quatro jogos, uma média 3,75 desarmes por partida. Rezende fica atrás apenas de Felipe Vieira, do Londrina, que tem 17, mas em seis jogos (média de 2,83). 

Para efeito de comparação, Emerson Santos, que substituiu Rezende quando o jogador esteve machucado, soma os mesmos 15 desarmes, mas precisou de seis partidas para alcançar o número. Dentro do elenco tricolor, Patrick aparece na sequência, com seis roubadas de bola.

Na goleada de 4x0 sobre o Londrina, terça-feira, foi em uma roubada de bola de Rezende no campo de ataque que o Bahia iniciou a construção do primeiro dos quatro gols na Fonte Nova. As atuações do volante renderam elogios de Guto Ferreira. 

“A questão do Rezende, ele está aqui desde o início do ano. Vem numa crescente que todo mundo sabe. Acaba o jogo, é só perguntar: de 0 a 10, ele nunca vai jogar abaixo de 7. Tem um nível de marcação, de proteção, um posicionamento dentro de campo muito bom. Não é um cara tão ofensivo, dificilmente vai aparecer na frente para fazer um gol. Desarmar, servir e sustentar é o que ele faz muito bem”, afirmou o treinador.

Na análise de Guto, a evolução do volante aconteceu após ele ter se adaptado ao clube e ao esquema tático proposto.

Inspiração  A volta por cima dada por Rezende tem sido usada como inspiração por outros jogadores do Bahia. Vivendo fase de oscilação, o também volante Patrick diz que tira lições da história do companheiro para melhorar o seu desempenho na equipe.

“A gente fica feliz, até ele, como Emerson [Santos], são jogadores que tenho orgulho de jogar do lado. Vejo neles coisas que preciso melhorar, em que eles são ótimos. Então sempre me inspiro neles nos treinos, com o que eles fazem. Isso é bom para o grupo, todo mundo evoluir junto, para a gente conseguir o objetivo”. 

Com Rezende em alta, o Bahia mira agora um próximo passo na temporada. Na terça-feira, visita o Azuriz-PR, em Pato Branco, no Paraná, no jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil. Como empatou por 0x0 na Fonte Nova, o tricolor precisa vencer para avançar no tempo normal. Novo empate leva a decisão para os pênaltis.