Mais de 18 toneladas de resíduos infectantes foram recuperadas no Aeroporto de Salvador

Terminal é aterro zero desde 2020 e foi o primeiro no Brasil a recuperar todos os seus resíduos

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  • Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2021 às 16:36

- Atualizado há um ano

. Crédito: Will Recarey

Mais de 18 toneladas de resíduos infectantes foram descartadas em 2020 no Aeroporto de Salvador, incluindo máscaras, luvas e lenços desinfetantes, que se tornaram comuns no dia a dia das pessoas com a pandemia. O balanço foi divulgado pela Vinci Airports, responsável pela administração do aeroporto da capital baiana. Todo esse volume não foi para o aterro sanitário, mas sim reaproveitado como combustível para fornos de cimento. 

Segundo o balanço, a pandemia fez o volume desse tipo de resíduo crescer 12,8% em comparação com 2019, mesmo com a redução do total de voos. Os resíduos infectantes são os que apresentem risco potencial ou efetivo à saúde pública e ao meio ambiente devido à presença de agentes biológicos com características de virulência, pa­togenicidade ou concentração.

“Após o descarte pelo passageiro ou outro usuário do aeroporto, esse tipo de resíduo é coletado e armazenado separadamente dos outros até sua destinação final. Contratamos uma empresa legalizada e licenciada que encaminha esse material para um tratamento chamado de autoclavagem (tratamento térmico que consiste em manter o material contaminado a uma temperatura elevada durante um período suficiente para destruir todos os agentes patogênicos). Depois, esse resíduo é enviado para reaproveitamento em fornos de cimento através da técnica de coprocessamento, que é uma destinação adequada e sustentável de resíduos”, explica Alessandra Reis, Coordenadora de Meio Ambiente do Salvador Bahia Airport.  

A administração ressalta que a reciclagem reflete o compromisso com a economia circular, alinhada com as metas da política ambiental da rede Vinci Airports, chamada de Air Pact. A ideia é justamente não destinar resíduos ao aterro sanitário. De acordo com o compromisso do grupo, todos os seus aeroportos devem ser aterro zero até 2030. O aeroporto de Salvador alcançou essa meta no começo de 2020, dois anos depois da Vinci assumir as operações.