Mais de 700 fiéis visitam a representação do corpo de Irmã Dulce

No primeiro final de semana da exposição, fiéis lotam o templo em homenagem à freira para conhecer a imagem em tamanho real da Santa Dulce dos Pobres

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  • Priscila Natividade

Publicado em 22 de setembro de 2019 às 15:37

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Priscila Natividade/ CORREIO

A 21 dias para a canonização que tornará Irmã Dulce em Santa Dulce dos Pobres, o Memorial em homenagem à freira que ficou conhecida como Anjo Bom da Bahia, recebeu quase 700 visitações no sábado (21). Só na manhã deste domingo (22), eram mais de 155 visitantes registrados no livro, no primeiro final de semana em que foi aberta a exposição do novo túmulo junto com a representação em tamanho real de Dulce. 

A exposição na Capela das Relíquias que fica ao lado das Obras Assistenciais de Irmã Dulce começou na última quarta-feira (18). A réplica feita na cidade de Nápoles, na Itália, recebeu os acessórios que pertenceram à religiosa, como anel, por exemplo.  Apesar de o santuário estar em obras até o dia 11 de outubro, a capela onde está a urna, continua aberta à visitação, assim como o Café e o Memorial de Dulce.

Muita gente aproveitou a visita, só para ver a imagem reproduzida da feira, mas também fazer seus pedidos, como a aposentada Isabel Dias, de 70 anos. “Eu gostaria muito de ter conhecido Irmã Dulce em pessoa. Sou baiana, mas vivi muito tempo em São Paulo. Estou voltando agora e pra mim ela já era santa, antes mesmo de receber o mérito”.

Isabel aguarda uma decisão judicial e promete que após o pedido atendido fará uma doação para as Obras Assistenciais de Irmã Dulce: “O documento já está na mão do juiz. É um inventário de um imóvel de minha mãe. Ela morreu sem ver esse problema resolvido. Eu vim para ver se eu consigo alcançar essa graça”. 

Santa desde sempre

Santa Dulce dos Pobres já tem mesmo vários devotos, como a aposentada Rosalinda Pinto, de 73 anos. Ela conta que muita gente, até mesmo os filhos dela, acham que é muito parecida fisicamente com a freira.  A aposentada Rosalinda Pinto conta que Irmã Dulce é quem a inspira a fazer o bem (Foto: Priscila Natividade/ CORREIO) “Cheguei aqui em Salvador em 1954, tinha 8 anos quando vim de Coração de Maria. Não tinha plano de saúde e várias vezes encontrei atendimento aqui. As pessoas me paravam e diziam que eu parecia com ela. Quem me dera ter essa benção. Eu gosto muito de ajudar e sempre venho distribuir pão para as pessoas que dormem aqui na fila do hospital. Eu me inspirei muito em fazer isso por causa dela”, afirma emocionada. 

Irmã Dulce morreu em maio de 1992 e seu processo de canonização foi iniciado em janeiro de 2000. Entre os milagres atribuídos a Irmã Dulce está na intercessão pela saúde de Cláudia Cristiane Santos. Em janeiro de 2001, ela sofreu durante 18 horas com sangramentos após o parto do seu filho, Gabriel. 

Para a também aposentada Adélia Rocha, de 72 anos, irmã Dulce já é santa há muito tempo. “Ela merece pelo trabalho que fez. Só esse hospital em si, já é um milagre. Tanta coisa ela construiu sem interesse pessoal nenhum. Uma obra dessas só pode ser de uma santa”. 

Os fiéis voltam a se encontrar com Irmã Dulce na primeira celebração no Brasil pela Canonização de Irmã Dulce que acontece no dia 20 de outubro, na Arena Fonte Nova. Os ingressos são gratuitos e começam a ser distribuídos no dia 1 de outubro. A entrega será feita por meio das paróquias da Arquidiocese de Salvador.