Maquete representando Salvador tem processo de tombamento iniciado

Peça ficará na Associação Comercial da Bahia, no Comércio

Publicado em 20 de agosto de 2020 às 12:44

- Atualizado há um ano

. Crédito: Max Haack/Secom PMS/Divulgação

Uma grande maquete representando Salvador poderá ser vista a partir do dia 24 de agosto até 18 de setembro, na Associação Comercial da Bahia, no Comércio. A visitação gratuita neste momento é destinada a estudantes e pesquisadores das áreas de urbanismo, patrimônio e similares. Nesta quinta (20), o prefeito ACM Neto esteve no local e anunciou o início do processo de tombamento da maquete, por indicação do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB) e a cargo do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, ligado à Fundação Gregório de Mattos (FGM). 

"Quando chegamos à Prefeitura, essa maquete, que é conhecida por poucas pessoas, estava abandonada e desmontada em um porão de secretaria. Pois nós fizemos a atualização e agora iniciamos o processo de tombamento, que, não tenho dúvidas, vai se concretizar, devido à magnitude e impressão visual que ela causa a todos. Também vamos definir, após esse período de pandemia, um local onde ela poderá ser exposta de forma permanente. Isso reafirma o compromisso da gestão, desde 2013, de valorizar o patrimônio histórico de Salvador", explicou Neto.

É preciso agendar a visita pelo site (clique aqui) para evitar aglomerações neste momento de pandemia. (Foto: Max Haack/Secom PMS/Divulgação) A maquete começou a ser feita ainda na década de 1970, pelo arquiteto Francisco de Assis Couto Reis. Com escala 1/2000, ela traz detalhes como a singularidade da topografia da cidade. A peça é atualizada constantemente.

"Queremos que a maquete fique exposta o ano inteiro para soteropolitanos e visitantes. A população precisa conhecer esse patrimônio da cidade", disse o presidente da FGM, Fernando Guerreiro. "Tanto as pessoas da cidade quanto os visitantes vão poder ter um instrumento para entender a evolução e os pontos turísticos de Salvador", completou Tânia Scofield, presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), órgão municipal que preservou e atualizou a maquete.  

Método A peça é absolutamente artesanal, preservando desde o início de sua produção os mesmo parâmetros concentuais. Para o presidente do IGHB, Eduardo Morais de Castro, a solicitação do tombamento da Maquete de Salvador está sendo feita por se tratar de um documento de registro atual da cidade em escala reduzida e de uma técnica artesanal de produção de maquetes.

"Certamente, será uma oportunidade para que toda a população conheça nossa cidade, que hoje conta com quase três milhões de habitantes. Será um registro onde muitas histórias deverão ser contadas a partir dela. Devemos lembrar que não se trata da maquete de um município qualquer, mas, sim, da primeira capital do Brasil, idealizada sobre o princípio do planejamento urbano português do século XVI e pensada para ser a cabeça do estado do Brasil, ou seja, a cidade que deveria comandar todo o processo civilizatório da colônia portuguesa nas Américas", destaca Castro.

Na maquete está representada toda a porção continental do município. No formato atual de 100,5m², o modelo é constituído por 97 módulos nas dimensões de 1m x 1m e por mais sete módulos nas dimensões de 1m x 0,5m, compondo um mosaico de 104 módulos na dimensão de 13 x 13,5 metros. Na escala real, a representação do modelo abrange um território de 402 km², dos quais 279 Km² correspondem à representação integral dos bairros de Salvador.