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Mari Ferrer: ato em Salvador coleta assinaturas para carta pela integridade das mulheres

Manifestação aconteceu na praça da piedade na tarde de sábado (7)

  • D
  • Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2020 às 23:25

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Divulgação

Um ato na Praça da Piedade, em Salvador, reuniu pessoas neste sábado (7) em nome da jovem Mariana Ferrer, que teve o caso julgado pela justiça de Santa Catarina como estupro culposo, sentença sem precedência no Brasil. Protestos também aconteceram e vão acontecer em várias capitais do pais neste final de semana pelo movimento #JustiçaPorMariFerrer.

Uma das ações realizadas na manifestação foi a assinatura da Carta-Manifesto pela Integridade Física e Moral de Todas as Mulheres do Brasil. O documento foi criado pela Marcha do Empoderamento Crespo. O objetivo é também mobilizar membros da sociedade civil, movimentos sociais, parlamentares e candidaturas à prefeitura e Câmara de Vereadores de Salvador para que as autoridades públicas priorizem o tema. 

Uma das propostas destacadas pelo manifesto é a criação de salas lilás em todas as delegacias da capital baiana, a fim de atender e acolher as vítimas de violência. A carta também defende a extensão do horário de funcionamento das Delegacias Especializadas em Atendimento as Mulheres (DEAM) e a instalação da Casa do Abrigo para  amparar temporariamente as pessoas que precisem sair da residência do agressor. 

A cofundadora da Marcha do Empoderamento Crespo, a antropóloga e candidata a vereadora Naira Gomes (PCdoB), participou o ato e ressaltou que a iniciativa surgiu de uma violência que ela sofreu. “Minha voz é a voz de muitas mulheres, que, infelizmente, têm esse lugar de dor e de silêncio, sobretudo as negras. Fui vítima de violência e essa experiência marcou minha vida com dor e com revolução.  A Marcha está aqui para defender nosso direito como mulheres e das que estão por vir, das gerações futuras”, defendeu Gomes. 

O vereador Marcos Mendes foi um dos que assinou o documento. Ele ressaltou os 14 projetos protocolados à CMS e Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) durante o mandato. “Os mandatos, principalmente, masculinos precisam se pronunciar contra situação. Nós homens precisamos, mais do que nunca, se unir e estar ao lado as mulheres para rechaçar todo tipo de misoginia e machismo na sociedade autocrata que existe em Salvador”, ressaltou Mendes. 

A deputada estadual Olivia Santana, candidata a prefeita de Salvador pelo PCdoB, ressaltou que a luta da igualdade de gênero é o que defende como presidente da Comissão dos Direitos das Mulheres da Alba. "A manutenção de práticas machistas e misóginas, que chegam a destruir fisicamente milhares de mulheres, é incompatível com a ideia de avanço da humanidade. A pauta feminina está em todos os eixos do meu programa, através de propostas para fomentar a diversidade e garantir os direitos das mulheres soteropolitanas", afirmou Santana. 

O deputado estadual Hilton Coelho, candidato à prefeitura de Salvador pelo PSol apoiou a criação da Casa do Abrigo e a assinatura da carta-manifesto. “É fundamental porque precisamos gerar uma sociedade em que o povo não esteja mergulhado em uma cultura de ódio. Não podemos trabalhar com a noção que é natural agressividade de homens contra as mulheres. É importantíssimo que tenha medidas que sejam concretas para proteger a população feminina que está vulnerabilizada. A discussão sobre a casa abrigo é uma discussão séria, a discussão sobre as Delegacias especializadas é uma discussão muito séria que precisa estar no programa de todos”, ressaltou Coelho.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 1 em cada 3 mulheres em todo o mundo já sofreram algum tipo de violência física ou sexual, seja em casa, em suas comunidades ou mesmo no ambiente de trabalho.