'Matou para não pagar tatuagem', diz amigo de casal de tatuadores morto por cliente

Além de atirar em casal, homem baleou motorista de aplicativo no Rio

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  • Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2019 às 17:53

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/Facebook

Luiza e Renan foram mortos dentro de carro por cliente; suspeito está preso (Foto: Reprodução/Facebook) O casal de tatuadores Renan da Silva Pereira Abade, 19 anos, e Luiza Barbosa Pereira, 20, foi morto a tiros após discutir com um homem e sua companheira dentro de um carro em Macaé, interior do Rio de Janeiro, no domingo (21).

A discussão ocorreu dentro de um carro de aplicativo, e o motorista também acabou baleado em meio à confusão motivada, segundo amigos das vítimas, pelo fato de o atirador não querer pagar pela tatuagem. Um suspeito de ser o atirador foi preso (ver mais abaixo).

Renan e Luiza foram à casa do suspeito naquele mesmo dia para trabalhar, conforme relatou um amigo dos jovens ouvido pelo jornal Extra. Após o serviço, o cliente teria dito que pegaria o dinheiro na casa de seu pai.

Os dois casais, segundo um tatuador amigo de Renan, entraram então no veículo chamado por aplicativo. Durante o trajeto, o homem teria revelado que não queria pagar pelo serviço e, nos momentos que antecederam os tiros, houve a discussão. "Ele matou simplesmente para não pagar tatuagem. O primeiro tatuador que fosse ele ia fazer isso. Esse cara já estava premeditando. Se fosse outro, ele ia matar. Infelizmente pegou meu amigo, que não tinha maldade nenhuma. Eram duas crianças, e fizeram essa barbaridade", contou o rapaz, que preferiu não se identificar.O motorista de aplicativo foi socorrido após ser atingido, mas ainda não há informações sobre seu estado de saúde.

Procurada, a Polícia Civil ainda não se manifestou sobre o caso.

Golpe em tatuadores De acordo com o amigo de Renan, o suspeito teria pedido que o casal fosse até sua casa, alegando que ele era um policial civil ferido numa operação e que estava sem poder sair. A história, contudo, era falsa, e o autor do crime já vinha causando estranhamento na região.

"Esse cara me procurou, e vários outros tatuadores em Macaé. Ele entrava em contato com a gente e informava que era policial civil e que tinha sido baleado numa operação e não podia sair de casa porque estava de repouso. Ele dizia que pagaria o que fosse para ser tatuado em casa, mas eu suspeitei dele", comentou o amigo das vítimas.

"Quando ele fez o orçamento comigo há um tempo, tinha uma foto da empresa de segurança dele, mas fiquei muito desconfiado. O Renan foi fazer tatuagem na casa dele no domingo, mas não me contou quem era. Quando meu sócio disse quem o Renan ia tatuar, lembrei dele na hora", concluiu o amigo em entrevista ao Extra.

Suspeito preso Um homem suspeito de cometer o duplo homicídio foi preso nessa segunda-feira (22) também em Macaé.

De acordo com a Polícia Militar, com ele foram apreendidas uma pistola e 19 munições. Ainda conforme a PM, a prisão foi realizada após buscas para tentar identificar o autor do crime. Foto: Divulgação/Polícia Militar