Meio Ambiente na berlinda outra vez

As notícias que marcaram a semana

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  • Andreia Santana

Publicado em 3 de outubro de 2020 às 07:00

- Atualizado há um ano

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A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu, na quinta-feira, 01, um prazo de 48 horas para  que o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles explique por que o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) revogou duas resoluções que versavam sobre a proteção permanente de manguezais e restingas e sobre a queima de lixo tóxico em áreas próximas a aglomerações humanas. O lixo tóxico, segundo o Conama, poderá ser queimado em fornos de fabricação de cimento, o que pode provocar contaminação das pessoas envolvidas no processo e daquelas que morem próximas. 

A ministra é relatora de uma ação que questiona a revogação das resoluções do Conama, órgão que existe justamente para garantir a preservação ambiental.

O Conama, que sempre foi formado por integrantes do governo e representantes da sociedade civil, passou a ser controlado pela gestão do presidente Jair Bolsonaro desde o ano passad Com isso, a participação civil no órgão foi reduzida e a presença de indicados do atual governo aumentou. Ministro do Meio Ambiente terá de se explicar mais uma vez (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil) Ricardo Salles já foi chamado em outras ocasiões para explicar, inclusive no Congresso, decisões questionáveis que tomou à frente da pasta do Meio Ambiente, principalmente por conta do desmatamento e das queimadas na Amazônia e, mais recentemente, a devastação do Pantanal. O ministro também já passou por saias justas internacionais no Fórum de Davos e na ONU.

A extinção das normas que protegiam os manguezais e áreas de restingas do país foi anunciada na segunda-feira, 28, levantando intenso debate entre ambientalistas sobre a importância desses ecossistemas para o equilíbrio da fauna marinha. 

Até a sexta-feira, 02, o ministro não tinha explicado mais essa grave decisão.

Foto da Semana: Banhistas se aglomeram em Amaralina (Foto: Nara Gentil/CORREIO) Barrados na Praia

A Praia de Amaralina, que estava liberada para banho de terça a sexta-feira, voltou a ser interditada. No último dia 29, os banhistas exageraram na animação  e lotaram o calcadão e as areias. A Guarda Municipal e a Polícia Militar tiveram de intervir e lembrar que a pandemia ainda não acabou e o distanciamento social continua valendo. 

O que os famosos disseram: Lisandra Souto deixou as novelas em 1996 e voltou em 2013 (Foto: Divulgação) "Às vezes, estava com um filho no colo e via Flávia Alessandra e Adriana Esteves, que eram minhas companheiras, começamos praticamente juntas, e pensava que eu poderia estar ali. Torcia muito por elas. Mas tinha aquela pontinha de ter deixado algo para trás". Lisandra SoutoA atriz confessou, em entrevista essa semana, o arrependimento que sentiu em alguns momentos por ter deixado a carreira, em 1996, para se dedicar ao marido, o ex-jogador de vôlei Tande, e aos dois filhos, hoje com 20 e 17 anos. Ela retornou à TV em 2012.

Outras notícias:

O adeus ao ‘papá’ de Mafalda Quino criou Mafalda nos anos 1960 (Foto: Europa Press/Getty Images) O cartunista argentino Quino (Joaquín Salvador Lavado), criador das tirinhas da personagem Mafalda, morreu aos 88 anos, na quarta-feira, 30. A morte do cartunista foi confirmada pelo editor Daniel Divinsky, pelo Twitter. Segundo o jornal argetino Clarín, Quino sofreu um AVC e não resistiu às complicações médicas. Mafalda, a personagem mais famosa dele, foi publicada entre os anos de 1964 e 1973, mas as tirinhas da menina de 8 anos que reflete de forma mordaz e inquisitiva sobre política e questões existenciais são famosas até hoje. Em todo o mundo, cartunistas, humoristas e admiradores de Quino deixaram mensagens de pesar e fizeram homenagens a ele e a Mafalda ao longo da semana. A cartunista brasileira Laerte fez um desenho de Mafalda atribuindo a ela a inspiração de sua carreira.

As cinco mais lidas da semana:1.  Herdeiro de loteamento denuncia grilagem  e é assassinado

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5.  Em 18º casamento, Gretchen troca alianças com saxofonistaMigrantes têm mais medo da fome Caravana tem hondurenhos de diversas idades, mas jovens predominam (Foto: Orlando Sierra/AFP) Mais de três mil hondurenhos iniciaram na quarta-feira, 30,  uma caravana em direção aos Estados Unidos, passando pela Guatemala, em busca de melhores condições de vida, mesmo com a ameaça da pandemia de coronavírus, que ainda não está controlada em território americano. Segundo membros da Cruz Vermelha, que distribuiram alimentos, remédios e orientações às milhares de famílias, os migrantes preferem enfrentar o risco de contrair covid-19 a continuar passando fome no país de origem. Desde outubro de 2018, segundo  a agência de notícias AFP, dezenas  de caravanas com hondurenhos e guatemaltecos se arriscam na tentativa de atravessar a fronteira dos Estados Unidos com o México, mesmo diante do endurecimento do governo Trump nas políticas de imigração.

Dica da semana:

Cinco invenções atuais mais antigas do que você imagina1 – Shopping: O primeiro centro de compras com formato semelhante ao dos shoppings atuais surgiu no século 2, na Roma antiga. O Mercado de Trajano, inaugurado no ano de 113 da era cristã tinha vários andares com lojas, praça de alimentação e uma sala para apresentações de teatro e música.

2 – Máquina de vendas: A ideia de colocar dinheiro em uma máquina e receber o produto é de Heron de Alexandria, inventor que viveu no século 1, no Egito. Ele criou um dispositivo que vendia água benta nos templos egípcios. O fiel colocava uma moedinha no aparelho e recebia uma dose do ‘liquído santo’.

3 – Língua de internet: Na verdade, antes de ser da web, os KKKs e LOLs tinham sua versão mais antiga desde 1844, com o telégrafo. Como as mensagens eram cobradas por palavra, era preciso abreviar. XCUS e BUK, por exemplo, eram as formas encurtadas de excuse (desculpas) e book (livro). 

4 – Memes: Eles surgiram no século XIX, em plena era vitoriana na Inglaterra, com a popularização da fotografia, inventada em 1826. Nos jornais da época apareciam imagens sinistras como a de gente segurando a própria cabeça embaixo do braço ou até mesmo gatos vestidos de gente e com balões de frases espirituosas.

5 – Cosplay: A primeira vez que fãs se vestiram como seus heróis/personagens preferidos foi em 1939, na I Convenção Internacional de Ficção Cientifica, em Nova York (EUA). O evento foi organizado pelo escritor Forest Jay Ackerman, que se fantasiou de ‘homem do futuro’.