Mercado amplia oferta de acessórios em carros para animais de estimação

Eles fazem parte das famílias brasileiras e, como membros integrantes, também gostam de passear e viajar de carro. No entanto, o transporte de animais de estimação precisa de cuidados para assegurar que eles não se machucarão em freadas bruscas ou que pularão pelas janelas com o carro em movimento. Ou que não vão colocar outros passageiros em risco e não vão gerar multas. 

No mercado, alguns acessórios ajudam a garantir a segurança e o conforto em passeios e viagens de carro. São caixas de transporte, peitorais, cadeirinhas e mantas que protegem também o estofamento do carro. Em relação às caixas, vale salientar que elas devem ser arejadas para permitir ao animal dar uma volta em seu próprio eixo para dar conforto ao peludo. Elas devem ficar presas ao cinto ou assoalho do carro, evitando o deslocamento durante a viagem.

As cadeirinhas e os cintos de segurança têm uma vantagem em relação às caixas: por terem altura regulável, permitem que o bichinho possa aproveitar o visual da janela. Mas vale salientar que o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) não obriga o uso de coleiras ou peitorais, mas entende que transportar animais na parte externa, como janelas, configura infração de trânsito. Deixar o pet no colo, entre as pernas ou no banco do carona também consiste numa infração de natureza média e pode gerar 4 pontos na carteira, uma vez que a presença do animal tão próximo do condutor pode ocasionar perda de atenção ao trânsito.

Os produtos que sempre puderam ser comprados nas pets shops agora também chamam a atenção das montadoras, que começam a disponibilizar itens para pets para os automóveis das suas marcas. De olho na lei da procura e oferta, a Chevrolet desenvolveu uma linha especial para os pets. São caixas de tamanhos diversos, extensores de cinto de segurança, capas para banco e porta-mala, cadeirinhas de transporte, rede de proteção de banco dianteiro, guia de passeio e bolsa elegante. O gerente de pós-venda da Frutos Dias, revendedora marca em Salvador, Décio Zanon explica que a escolha dos produtos pode ser feita no site e que o cliente realiza a encomenda e compra na própria concessionária. “Num prazo de 10 a 15 dias o produto chega em nossa loja e, se houver quaisquer necessidades de troca, efetuamos tudo com rapidez e segurança”.

Zanon explica que os produtos vendidos pela Chevrolet servem apenas para os veículos da GM por uma questão de adequação e segurança. "Hoje em dia, é muito comum que os pais humanos e seus pets passeiem e até viagem juntos, por isso, o mercado vem expandindo e trazendo novidades para o transporte dos peludos em automóveis. O que antes se limitava às caixas de transporte convencionais (feitas de plástico), hoje conta também com cintos de segurança apropriados, bolsas de transporte feitas de pano e até cadeirinhas parecidas com as utilizadas por crianças”, esclarece Jade Petronilho, veterinária comportamentalista da empresa Petlove, uma das referência no comércio on line de produtos para bichos de estimação. 

O veterinário Bruno Rapozo destaca, no entanto, o cuidado com as bolsas e caixas de pano, especialmente quando o animal não tiver hábito de viajar ou for agressivo. “Tive uma experiência traumática com um gato que lascou a caixa de tecido e veio se agarrar em minha coxa”, completa.   Os felinos precisam ser transportados em caixas resistentes e que possibilitem conforto e segurança durante o deslocamento (Foto: Divulgação)                 Jade ressalta que o pet não deve ficar solto pelo carro. “É comum vermos pessoas que conduzem seus animais no colo, mas isso, além de prejudicar o condutor, numa colisão pode ser fatal para o animal por conta da proximidade de seu corpo com o volante/ air bag”, esclarece, destacando que o uso dos cintos de segurança fabricados para cachorros também merece atenção, uma vez que não devem ser colocados em coleiras do tipo enforcador, mas sim em peitorais. “Num eventual acidente, o peludo pode se machucar gravemente com um tranco tão forte em seu pescoço”, explica.

Complementando o rol de cuidados, Rapozo diz que animais que viajam com a cabeça do lado de fora estão sujeitos a problemas oculares, uma vez que o vento retira a lubrificação natural do globo ocular, podendo provocar úlcera de córneas.

Jade lembra que é essencial que cachorros e gatos sejam acostumados a andar de carro desde novinhos. “No início é comum que se sintam desconfortáveis com o balanço ou movimento, gerando alguns episódios de vômito em animais mais sensíveis, mas com paciência e dedicação, a tendência é que isso diminua e melhore muito com o passar do tempo”, diz.

Para ela, uma boa dica é associar o passeio de carro com algo bom, como um petisco, um passeio em um local que ele gosta ou até mesmo com carinho.

“Eles precisam entender que o automóvel não os leva somente para o médico veterinário para ser examinado e tomar vacina”, completa.

A especialista afirma que os gatinhos merecem atenção redobrada, pois podem ser mais assustados com o movimento e o barulho das ruas. “Para eles, o mais indicado ainda é a caixa de transporte, mas isso não impede que você dessensibilize seu filhote a ponto de poder viajar dentro da cadeirinha ou com uma guia especial, por exemplo”, finaliza.  

PRINCIPAIS CUIDADOS PARA TRANSPORTAR PETS

1. Se for transportar em caixas, prefira as de material plástico e verifique se a mesma está presa ao cinto de segurança ou acomodada no assoalho do carro;

2. Nunca prenda o animal pelo pecoço, o cinto de segurança deve ser usado junto ao peitoral;

3. Gatos devem ser transportados em caixas, preferencialmente plásticas;

4. Prefira preder as cadeirinhas e sacolas ao cinto de segurança e não apenas aos bancos;

5. Evite deixar cães com as cabeças para fora, por mais que eles gostem;

6. Animais de estimação nunca deve viajar no banco do carona. 

PARA CONHECER MAIS ACESSE:

www.petlove.com.br www.chevrolet.com.br/servicos/acessorios/pet