Mercado automotivo reage em fevereiro, mas vendas ainda estão abaixo do esperado

Veja quais os carros mais vendidos na Bahia e conheça o BMW que tem tecnologias de avião

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  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 5 de março de 2022 às 16:00

- Atualizado há um ano

Uma grande tela conjuga o quadro de instrumentos e a central multimídia

Mesmo sem Carnaval, fevereiro teve apenas 19 dias úteis. Para o comércio de veículos, o fato pode ser interpretado de forma positiva e negativa.

Explico: na comparação com janeiro, que teve uma queda de quase 40%, os emplacamentos de automóveis e comerciais leves foram superiores, 120.192 unidades contra 116.597 veículos do primeiro mês do ano - alta de 3,08%.

No entanto, quando a referência é fevereiro de 2021, houve uma retração de 24%. Para março, a federação dos concessionários (Fenabrave) está animada. “Acreditamos que, com a diminuição do IPI, promovida pelo Governo, o mercado de veículos poderá ser favorecido”, comentou José Maurício Andreta Jr., presidente da entidade.

DIVISÃO DO MERCADO A Fiat liderou novamente as vendas, com 26.414 unidades licenciadas no último mês, o equivalente a 21,98% do mercado. A Chevrolet somou 17.432 (14,50%), ficando com a segunda posição, e a Hyundai chegou ao terceiro lugar com 13.377 (11,13%), com uma pequena diferença para a Toyota, que emplacou 13.290 carros (11,06%).

A Volkswagen acumulou 11.499 (9,57%) emplacamentos e fechou os cinco primeiros. Do sexto ao décimo lugar ficaram: Renault (7,61%), Jeep (6,95%), Honda (3,34%), Caoa Chery (2,70%) e Nissan (2,32%).

MODELOS MAIS VENDIDOS A Fiat Strada foi novamente a líder de emplacamentos entre carros, picapes e vans em fevereiro. O utilitário da Fiat teve 7.314 exemplares licenciados, ficando na frente do Chevrolet Onix (6.541) e Hyundai HB20 (6.161). No Brasil, o modelo mais emplacado mês passado foi a Fiat Strada (Foto: Stellantis) A quarta posição ficou com o VW T-Cross (5.118), que se tornou o SUV mais vendido do mês, à frente do Jeep Compass (4.503).

Da sexta à décima posição ficaram: Chevrolet Onix Plus (4.489), Fiat Argo (4.321), Renault Kwid (4.262), Hyundai Creta (4.613) e Fiat Mobi (4.162).

PREFERÊNCIA BAIANA Na Bahia, o Chevrolet Onix teve 327 unidades emplacadas e desbancou a Fiat Strada (306) que liderava há alguns meses. O Chevrolet Onix Plus também teve um bom resultado (248 unidades) e ficou em terceiro lugar. No mercado estadual, o mais licenciado em fevereiro foi o Chevrolet Onix (Foto: GM) O Hyundai Creta (226) foi o SUV mais vendido no estado e ficou com quarta posição, na frente do Renault Kwid (212), quinto colocado.

A Fiat Toro ficou em sexto (205), seguida por um empate: Hyundai HB20 (169) e Chevrolet Tracker (169). Do sétimo ao décimo lugar ficaram: Toyota Corolla Cross (167), Jeep Compass (152), VW T-Cross (139) e Toyota Yaris hatch (138).

MAIS VENDIDOS DO MUNDO O Toyota Corolla foi, novamente, o modelo mais vendido em todo o mundo. Foram 985.336 unidades vendidas em 2021, deixando o RAV4, também da Toyota, em segundo, com 965.839 exemplares, e o Honda CR-V (713.143) em terceiro. O Corolla foi o veículo mais vendido no planeta em 2021 (Foto: Antônio Meira Jr./CORREIO) Outro automóvel japonês na quarta posição, o sedã Camry, da Toyota, com 617.010 unidades. No quinto lugar, um elétrico, o Tesla Model 3. O sedã acumulou 592.719 emplacamentos no planeta no último ano.

Da sexta à décima colocação ficaram: Honda Civic (569.069), Ford F-150 (541.076), Toyota Yaris (515.018), Nissan Sylphy/Sentra (498.583) e Wuling Hongguang Mini EV (469.525).

EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE A BMW foi a primeira empresa a comercializar veículos elétricos no mercado brasileiro. Essa história começou em 2014 com o i3, modelo que deixará de ser produzido esse ano.

Mas o legado do monovolume é enorme e a marca alemã dará sequência com três outros produtos: iX, i4 e iX3. O primeiro da nova leva é o iX, que desembarca no país no mês que vem para revolucionar o segmento. Programado para chegar em abril no país, o novo elétrico da BMW custa a partir de R$ 654.950 (Foto: BMW) Imponente, o crossover não é uma adaptação. Foi planejado desde o início para ser movido a eletricidade. Comparando com outros produtos da empresa, ele tem 1,97 metro de largura, equivalente à do X7, 1,7 m de altura (como o X6) e 4,95 m de comprimento, proporcional ao X5. Para completar, 3 m de entre-eixos e assoalho plano, o que ajuda acomodar três adultos no banco traseiro.

No entanto, o iX é um veículo pesado: 2.365 kg na versão xDrive40 e 2.510 kg na configuração xDrive50. A massa extra é por conta dos pacotes de baterias, que beiram os 600 kg. O balanço para isso é a potência: o xDrive40 entrega 326 cv e 64,2 kgfm de torque e o xDrive50 oferece 523 cv e 78 kgfm de torque.

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O teto solar panorâmico do iX tem tecnologia similar à que a Boeing utiliza no 787 Dreamliner, em que o vidro escure e clareia ao toque.

Há ainda caixas de som nos bancos - no total, são 30 alto-falantes espalhados pelo carro - e uma grade dianteira que regenera pequenos riscos graças à nanotecnologia. Para completar, os faróis a laser e a central multimídia aceita comandos por gestos.

O iX parte de R$ 654.950, preço da versão xDrive40 que tem autonomia para percorrer até 425 quilômetros. O xDrive50 custa R$ 799.950 e pode rodar até 630 km.