Mercado Municipal de Cajazeiras reabre com Prefeitura-Bairro e teatro

Estrutura estava fechada desde 2017, quando incêndio destruiu parte dos boxes

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  • Gil Santos

Publicado em 10 de setembro de 2020 às 12:03

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Secom/Divulgação

O Mercado Municipal de Cajazeiras foi reinaugurado nesta quinta-feira (10). Há três anos o espaço sofreu um incêndio que danificou parte da estrutura. Ele fica na Avenida Engenheiro Raimundo Carlos Nery, em Cajazeiras X, próximo da Rotatória da Feirinha. O espaço foi requalificado e, além das lojas, vai abrigar também a nova sede da Prefeitura-Bairro e do distrito sanitário da região, e um teatro dentro do projeto Boca de Brasa.

O prefeito ACM Neto participou da reabertura do mercado e relembrou a decepção com o incêndio, ocorrido um ano e sete meses depois da inauguração. Ele destacou as adaptações feitas para tornar o local ainda mais funcional e de acordo com os interesses dos moradores.

“Vocês sabem que no ano de 2015 nós inauguramos esse mercado. Se tratava de uma antiga reivindicação da comunidade, um sonho histórico dos comerciantes de Cajazeiras. Essa foi uma promessa minha, na primeira campanha, em 2012, e nós conseguimos realizar ainda no meu primeiro mandato. Depois aconteceu aquele lamentável episódio do incêndio, que comprometeu boa parte desse andar, o que nos obrigou a fazer uma intervenção”, destacou o prefeito, antes de citar algumas das mudanças para a reinauguração. Prefeito durante a inauguração (Foto: Gil Santos/ CORREIO) A reforma começou em maio de 2018 e foi concluída este ano. Ela custou R$ 3,5 milhões. Uma das novidades é a implantação da prefeitura-bairro, que funcionava em um imóvel alugado e que passou a operar no segundo andar do Mercado Municipal de Cajazeiras.

Já o Espaço Boca de Brasa vai permitir apresentações culturais no local. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura de Salvador, através da Fundação Gregório de Mattos (FGM), órgão vinculado à Secretaria de Cultura e Turismo (Secult). Ele vai permanecer fechado até que os eventos festivos sejam autorizados pela prefeitura.

Infraestrutura  O mercado agora conta com 69 boxes, que comercializam produtos típicos vendidos na região, e inclui também açougue, floricultura, restaurantes, entre outros serviços. Todos no primeiro andar. No segundo pavimento funcionam a prefeitura-bairro e o Espaço Boca de Brasa. Para quem chega de carro, o local possui 69 vagas de estacionamento Zona Azul.

Nesse primeiro dia alguns moradores já apareceram para conferir o resultado da obra. A dona de casa Márcia Carvalho, 44 anos, levou até uma lista de compras. 

"Estava indo na feirinha quando vi que o mercado tinha sido aberto. Resolvi entrar e dar uma olhadinha. A reforma ficou legal. Eu passei por aqui um dia após do incêndio e lembro que o cheiro de queimado estava bastante forte", disse. 

Para a professora aposentada Maria José Evangelista, 68, o novo espaço ajudou a organizar a feira, mas fez uma ressalva. "Essa organização é muito bem-vinda, ainda mais em tempo de coronavírus, mas eu lembro que logo quando o mercado abriu os comerciantes reclamaram que o movimento estava baixo. Espero que as pessoas frequentem mais o mercado", disse. Espaço Boca de Brasa fica no segundo andar (Foto: Gil Santos/CORREIO) Incêndio O mercado foi inaugurado pela primeira vez em novembro de 2015, mas em junho de 2017 um incêndio comprometeu a estrutura. Os bombeiros relataram, na época, que as primeiras chamas surgiram às 22h48. Era 18 de junho, um domingo. As primeiras equipes chegaram, mas o fogo só foi debelado às 4h16 do dia seguinte. 

O mercado estava fechado no momento do incêndio e foram encontradas garrafas de álcool e isqueiros no local, o que levantou a suspeita de que o fogo foi provocado intencionalmente. As chamas destruíram a parte interna do mercado, atingiu vários boxes e danificou parte do telhado. 

No dia seguinte, o local tinha bastante cinzas e o cheiro forte de borracha queimada persistiu por alguns dias. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.