Mês da Dança e aniversário do Balé é festejado no TCA; veja fotos

Apresentação de três espetáculos reuniu público diverso

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 22 de abril de 2018 às 18:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Evandro Veiga/CORREIO

Quem acordou cedo neste domingo (22) para pegar os ingressos para os espetáculos Ziriguidum – Ideias Abertas para Tocar e Dançar e Só Não Me Acorde Antes, ambos do Grupo de Dança Contemporânea da Universidade Federal da Bahia (GDC/Ufba) e integrantes do projeto Domingo no TCA, ganhou de presente a apresentação do Pílulas Dançadas do Balé Teatro Castro Alves (BTCA). Na verdade, as apresentações marcaram as comemorações do Mês Internacional da Dança e do aniversário do BTCA.

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Para as estudantes universitárias Larissa Lago e Rafaela Lobo, a iniciativa é extremamente bem-vinda num momento de dificuldades econômicas e que as artes encontram tanta resistência.“A primeira vez que entrei num teatro foi justamente dentro desse programa, por isso mesmo, considero que essa oportunidade é importantíssima para formação de plateia”, diz Rafaela, que é estudante de Ciências Sociais na Ufba.Com uma postura parecida, Larissa diz que faltam em Salvador espetáculos com formatos mais populares, que possibilitem o acesso de todos os públicos.“Não perco e fico sempre atenta aos espetáculos do Domingo no TCA”, conta a jovem.Na abertura, Pílulas Dançadas surpreendeu o público que aguardava ansioso o início das apresentações, marcada para as 11h, com cenas nas rampas e escadas de acesso, corredores, foyer e foi até a sala principal.

Vale salientar que além dessa participação, a proposta – que tem a direção artística de Antrifo Sanches e é coordenado pelas bailarinas Mônica Nascimento, Adriana Bamberg e Solange Lucatelli – também mantém exibições em centros comunitários, centros de saúde, casas de apoio e outros locais.

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Em seguida, foi a vez do Ziriguidum. O espetáculo aborda a cultura popular e carnavalesca e se baseia na dança afro e no frevo, além de ritmos do Carnaval como o pagode e o axé. O espetáculo foi inspirado no trabalho do Núcleo de Percussão da Ufba, que fez toda a trilha sonora e toca ao vivo no palco.

Com direção de Carmen Paternostro e coreografias de Bel Souza, Denny Neves e Marilza Oliveira, o espetáculo chamou a atenção do funcionário da Fundação Cultural do Estado (Funceb), Karl Santana. “É importante que os espetáculos abordem a cultura popular e negra, pois há muito preconceito nessas produções, especialmente, quando se trata de danças de matriz africana”, completa.

Em Só Não Me Acorde Antes, a improvisação é a marca dos bailarinos, dirigidos por Daniela Guimarães, que interagem com a música, as projeções e instrumentos dispostos no cenário. Assim, eles compõem a dramaturgia, que lida com a indeterminação de tempo e de espaço.

A atriz Liliane Santana, que foi prestigiar amigos que se apresentavam no projeto, acredita que o cenário, especialmente para a dança, vai muito bem com eventos e público. “Mas acho que é preciso interesse para encontrá-los”, conclui.