Mesmo com restrições, comércios do Nordeste poderão abrir, anuncia prefeito

Horário será reduzido; prefeito ameaçou toque de recolher em bairros com paredão

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  • Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2020 às 10:55

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

O Nordeste de Amaralina vai continuar com medidas de restrição no combate à covid-19, mas os comércios do bairro poderão abrir das 10h às 16h. "Vou implementar esse modelo novo, porque lá já estamos há seis semanas. Vamos testar para ver", disse o prefeito ACM Neto nesta sexta-feira (21). "Aí a gente vai acompanhar. Se for preciso fechar tudo de novo, vamos fechar", garantiu.

As restrições, no modelo antigo, continuarão nos bairros de Pernambués, São Cristóvão e Santa Cruz. Já na Mata Escura e Pirajá o trabalho foi encerrado neste momento, informou o prefeito. As restrições também voltarão a partir de domingo (23) ao bairro de Plataforma, que teve as medidas ainda no início da pandemia por quase um mês. Foram registrados 161 novos casos nos últimos sete dias e 279 no mês de agosto. Ao todo, são 1.033 casos da covid-19 no bairro. "Antes que a pandemia se alastre de maneira incontrolável em Plataforma, vamos voltar".

Sobre o Nordeste, Neto afirmou que as ações para coibir festas do tipo paredão serão intensificadas. Ele disse também que a prefeitura está pensando em decretar toque de recolher nos bairros que têm frequentemente paredões. "A partir de hoje à noite haverá o trabalho intensificado, conjunto, da Polícia Militar", diz."Ações para coibir paredões e esses eventos que vimos acontecer nos últimos dias. E claro que a atenção ao Nordeste será ainda maior".

O prefeito disse ainda que não descarta toque de recolher em bairros que continuarem registrando aglomerações do tipo. "Quero dizer uma coisa: se nós continuarmos verificando a ocorrência de paredões, a prefeitura vai caminhar para decretar um lockdown nos bairros onde houver paredão. Na verdade, um lockdown noturno, espécie de toque de recolher. A gente quer evitar isso, estou trazendo uma palavra de advertência", afirmou. "Aí não interesse se é no Nordeste ou na Vitória".

Há uma semana, comerciantes do bairro fizeram protesto na rua pedindo pela reabertura. "O Nordeste parou, queremos trabalhar", cantaram eles no local. O fluxo de carros da rua foi interrompido. "Qual significado da palavra lockdown? Por que um comerciante pode funcionar e outro não?", questionavam. Depois, o prefeito afirmou que "pessoas de bem" pagavam por irresponsáveis que continuam fazendo festa e não ajudam a controlar a doença no bairro. "Sei que os comerciantes estão sofrendo bastante pela suspensão das atividades econômicas, no entanto não temos outro caminho. Se a gente não conseguir reduzir esse número de casos, não temos como sair de lá", explicou.