Metafísica dos costumes no Vitória

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  • Paulo Leandro

Publicado em 18 de agosto de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Em boa hora, o presidente Paulo Carneiro destacou a importância de uma atuação comunicacional eficiente com o objetivo de lutarmos juntos com o Vitória a fim de levar o Leão de volta à Série A.

Sabemos o quanto o controle de um clube vocacionado para a grandeza pode gerar bons negócios. Toda atitude preventiva dialoga com o equilíbrio, como forma de fortalecer o Decano, Pai do nosso desporto.

Os comunicadores podem ajudar a construir resultados, a depender do seu grau de profissionalismo e envolvimento com os princípios ensinados nos bons cursos superiores de jornalismo.

Além da Facom, da Ufba, temos a Unirb, onde leciono, e nos deu Marta Nascimento, a Unijorge, de Anderson Matos; a Estácio-Fib, reveladora de Catarina Matos, Marcello Góis e Marcos Valença; a FTC, entre outras ourivesarias da ‘tekhné’ (técnica) jornalística.

Recentemente, a Faculdade Social da Bahia lapidou para o mercado o profissional Ozzy Alves. Da Uneb de Juazeiro, Carlos Humberto e Maria Akemi estão presentes. Desculpo-me com colegas e ex-alunos que as musas não assopraram aos meus ouvidos agora.

A relação dos convocados seria maior se escalássemos os jornalistas academizados dos impressos, mestres conhecedores dos princípios de melhor convívio com as fontes de informação.

Louvamos a liberdade de expressão, cânone legado pela Revolução Francesa de 1789, desde que seja respeitada, em sua intencionalidade, tendo como base da boa ação as virtudes moderação (sofrosine),  conhecimento (sofia), coragem (andrea) e justiça (dikê).

Muito além de bem e mal, comprometem-se os defensores da liberdade de expressão, conquista feita de sangue, a repudiar toda e qualquer prática de objetivos vis, na sanha de auferir benefícios.

Os profissionais graduados em Comunicação, depois de anos de estudo, apresentam um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), cuja orientação e avaliação rigorosas por uma banca funcionam como fiadores do trabalho destes jornalistas.

Os defensores da liberdade de imprensa aceitam a missão de dar conta da realidade como a representação o mais fiel possível do fato noticiado: “dizei em tudo verdade a quem em verdade as deveis”, lema do primeiro impresso privado, o Idade D’Ouro do Brasil (1811).

Treinados nos cursos superiores de Comunicação com habilitação em jornalismo, sabem trabalhar hierarquizando informações conforme o interesse público e a importância do fato: é assim que os jornalistas separam o que é notícia do que é rumor, boato ou mentira.

Uma bela contribuição esta do Vitória em reabrir o debate sobre nossa atuação: é necessário (algo que do contrário não pode ser) noticiar toda denúncia, mas concedendo o direito de defesa na mesma proporção ao acusado. Não vale ofender como desvairado.

A proporcionalidade de tempo e espaço oferecida a quem precisa defender-se, associada ao sagrado princípio de dar voz ao divergente, viabiliza o melhor convívio com a fonte de informação e protege os jornalistas de interpelações judiciais.

A metafísica “liberdade”, se utilizada deliberadamente para calúnia, injúria e difamação, conduz a audiência para o rancor, a violência e a ignorância. Toda gratidão aos profissionais cuja contribuição honra nossa história heroica da Bahia do Dois de Julho.

Paulo Leandro é jornalista e professor Doutor em Cultura e Sociedade.