Ministro contraria Anvisa e rejeita cobrança de vacina para entrada no Brasil

Anvisa propôs adotar o passaporte da vacinação para quem cruza a fronteira do Brasil

Publicado em 25 de novembro de 2021 às 21:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Marcos Corrêa/PR

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, disse nesta quinta-feira (25) que é contra a cobrança do certificado de vacinação contra a covid-19 como condição para a liberação da entrada de viajantes no Brasil. Segundo o gestor, a cobrança não impediria a transmissão da doença. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) propôs adotar o passaporte da vacinação para quem cruza a fronteira do Brasil por terra ou para dispensar a quarentena após voos internacionais.

"Não precisa. Ela não impede a transmissão da doença", disse Torres. Ele e os ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, e da Casa Civil, Ciro Nogueira, são responsáveis por decidir sobre as regras de controle de fronteiras no Brasil durante a pandemia.

Os conselhos de secretários de saúde de estados (Conass) e de municípios (Conasems) divulgaram, nesta quinta-feira (25), uma nota em apoio à proposta da Anvisa.

Torres disse que a posição contrária a cobrar a vacina nas fronteiras é pessoal. "Não tem nada decidido ainda", declarou.

A agência recomenda combinar a testagem dos viajantes com a vacinação como forma de impedir a disseminação do vírus. A proposta foi feita no último dia 12, após o Planalto questionar o órgão regulador quanto à ideia de Bolsonaro de reabrir fronteiras.