Monalisa Perrone exigiu 'cláusula antimadrugada' em contrato com a CNN Brasil

Acostumada a acordar 23h, a ex-Globo não poderá trabalhar, em hipótese alguma, entre as 0h e 08h

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  • Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2019 às 17:06

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação/CNN Brasil

Aparentemente a jornalista Monalisa Perrone não tem boas memórias em relação ao horário que precisava acordar para comandar o "Hora 1". Em seu contrato de quatro anos assinado com a CNN Brasil tem uma cláusula que prevê que ela em hipótese alguma, irá trabalhar entre meia-noite e 8h.

De acordo com o site Notícias da TV, a cláusula antimadrugada foi uma exigência da ex-âncora do Hora 1, que pediu demissão da Globo na última terça-feira (3) após passar os últimos cinco anos começando a trabalhar por volta da 1h.

Entretanto, a jornalista jamais reclamou publicamente do horário de trabalho, mas detestava a rotina de estar na cama às 17h para se levantar às 23h, o que afetava sua vida pessoal. Aos amigos, ela comentava sobre o quão difícil era "estar plena" às 4h, horário em que o Hora 1 entra no ar.

Ao se despedir de colegas na Globo, a jornalista confessou que saiu da emissora porque não tinha como dizer não à proposta da CNN Brasil, com um "pacotão" de vantagens. O salário é maior, ela será apresentadora de um telejornal no horário nobre e estará associada a uma marca que é grife de jornalismo no mundo todo.

A Globo chegou a cobrir o salário oferecido pela CNN Brasil, desde que ela continuasse no Hora 1. Mas Monalisa já estava decidida. Ontem (5), a jornalista teve seu primeiro dia totalmente dedicado à nova emissora. Esteve em Brasília gravando chamadas e pílulas que a CNN Brasil deve publicar nas redes sociais.

Inauguração ainda sem data Inicialmente prometida para estrear neste mês, a CNN Brasil só deve começar a operar no início de 2020. De acordo com o Notícias da TV, equipamentos importados estão atrasados e ainda terão de ser nacionalizados.

O canal vai funcionar em edifício na avenida Paulista, com vista para o prédio da Fiesp, local de manifestações em São Paulo. A reforma está prevista para terminar em outubro. Os equipamentos disponíveis serão instalados até novembro.

A CNN Brasil diz que sua estreia continua "prevista para os últimos meses de 2019". "Por prudência, ainda não fixamos uma data, pois dependemos do retorno da nacionalização dos equipamentos fabricados no exterior. É natural este clima no mercado, mas nosso maior objetivo é entregar um produto de qualidade", disse Douglas Tavolaro, CEO do canal, em nota ao Notícias da TV.

A CNN brasileira terá 18 horas de transmissões ao vivo e empregará cerca de 400 jornalistas. Além de Monalisa Perrone, já contratou Evaristo Costa e William Waack e o ex-"casal 20" da Globo, Phelipe Siani e Mari Palma.