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Morre iraniana que ateou fogo em si mesma após ir a um estádio

Sahar Khodayari podia pegar 2 anos de prisão por tentar assistir jogo em arena

  • D
  • Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2019 às 17:57

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Reprodução

Foto: Reprodução Uma torcedora de futebol iraniana morreu nesta terça-feira (10), uma semana após ter ateado fogo em si mesma, fora de um tribunal, ao saber que poderia ser presa por tentar entrar em um estádio. 

Sahar Khodayari, de 29 anos, queria assistir a um jogo do seu time, o Esteghlal, no Teerã. No Irã, porém, as mulheres são banidas das arenas de futebol - ainda que possam ver outros esportes, como o vôlei. A jovem, então, tentou fingir que era um homem, com um casaco masculino, e foi ao estádio Azadi. Porém, foi descoberta pelas autoridades e passou alguns dias detida.

De acordo com a BBC, Sahar tinha uma audiência marcada para o início de setembro, mas, quando chegou ao tribunal, soube que a sessão havia sido adiada. Ela, supostamente, ouviu que poderia ser condenada de seis meses a dois anos de prisão e, assim que deixou o prédio, ateou fogo em si mesma - tendo mais de 90% do seu corpo com queimaduras.

Conhecida na internet como a 'garota azul' - por conta das cores do time, o Esteghlal, a jovem já tinha tentado se matar antes, segundo o The Guardian. Uma irmã de Sahar também teria dito que a iraniana sofria de problemas mentais e estava recebendo tratamento - um fator atenuante que, de acordo com o jornal britânico, permitiria às autoridades retirarem as acusações, se assim o desejassem. 

A morte da 'garota azul' repercutiu pelo mundo. O próprio Esteghlal emitiu um comunicado, lamentando o falecimento da torcedora. Quem também se pronunciou foi a Roma, que afirmou que "passou da hora de todos no Irã poderem viver o futebol. Juntos".

A proibição das mulheres em estádios de futebol no Irã não está em leis oficiais, mas as autoridades proíbem que isso aconteça - apesar da pressão constante da Fifa contra tal medida. A Arábia Saudita também detia a presença das torcedoras femininas, mas eliminou o impedimento em 2018.