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Morte de Marielle: polícia cumpre mandado na casa de vereador no Rio

Marcelo Siciliano já tinha sido apontado como mandante do crime

  • D
  • Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2018 às 07:51

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil

A Polícia do Rio de Janeiro cumpre mandado de busca e apreensão na casa do vereador Marcelo Siciliano (PHS), na manhã desta sexta-feira (14). De acordo com a polícia, o mandado tem relação com as mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Na residência do vereador, na Barra da Tijuca, os agentes apreenderam um tablet, um computador, HD e documentos. Siciliano não estava em casa na hora do cumprimento dos mandados. O material recolhido será encaminhado para Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), que investiga o caso.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o secretário de Segurança Pública do RJ, Richard Nunes, afirmou que Marielle foi morta por milicianos que acreditavam que ela poderia atrapalhar negócios de grilagem de terras na Zona Oeste do Rio.

Durante as investigações, uma testemunha afirmou à polícia que Marcelo Siciliano planejou a morte de Marielle, junto com o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, Orlando Curicica.

Siciliano chegou a prestar depoimento, mas negou todas as acusações. Gravações mostraram ele conversando com miliciano. 

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Assessor morto O colaborador do vereador Siciliano Carlos Alexandre Pereira Maria, 37 anos, foi morto a tiros em abril deste ano, na Taquara, na Zona Oeste do Rio. 

Uma das linhas de investigações é que Alexandre tinha envolvimento com milícias. A polícia apura que as mortes da vereadora e do motorista tenham envolvimento de milicianos. Algumas testemunhas ouviram o momento em que Alexandre foi assassinado."Chega para lá que a gente tem que calar a boca dele", teria dito um dos assassinos. Depois, abriu fogo.Nove meses O assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), que cumpria o primeiro mandato, e do motorista Anderson Pedro Gomes, completa hoje nove meses ainda à espera de solução.

Eles foram mortos na noite de 14 de março deste ano, no bairro do Estácio, na região central do Rio. Ambos foram alvejados quando voltavam para casa, de carro, na Tijuca, após participar de evento na Lapa. Os tiros foram disparados de outro veículo.

Nesta quinta-feira (13), o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que o assassinato "pesa" sobre o Brasil e sobre a imagem do país no exterior.

Segundo ele, as investigações iniciadas no mês passado para apurar possíveis interferências no inquérito conduzido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro estão indo "muito bem".

Também ontem foram cumpridos mandados de prisão e apreensão no Rio de Janeiro e Juiz de Fora, em Minas Gerais. A apuração dos mandantes e executores dos homicídios é conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.

Democracia De acordo com Jungmann, ele gostaria de entregar ainda este ano, antes de deixar o ministério, os resultados da investigação.

“Então atingir Marielle foi também atingir a democracia. E isso, para mim, é um valor absoluto. Por isso, sim, eu gostaria muito de poder apresentar resultados o mais breve possível, se possível também ainda durante a nossa gestão", afirmou o ministro.

Oriunda da Favela da Maré, zona norte do Rio, Marielle Franco tinha 38 anos. Era socióloga, com mestrado em administração pública, e ficou conhecida pela militância na área dos direitos humanos.   (Foto: Divulgação)