Mostra gratuita apresenta 30 filmes africanos

Produções de 16 países estão na quarta edição do evento, que acontece até dia 10

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  • Ana Pereira

Publicado em 2 de outubro de 2021 às 07:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Em sua quarta edição, a Mostra de Cinemas Africanos segue sendo um bom espaço para conhecer, gratuitamente, produções recentes do continente. Idealizada pela baiana Ana Camila Esteves e pela espanhola Beatriz Leal Riesco, que assinam a curadoria, a mostra acontece pelo segundo ano em parceria com o Sesc São Paulo, que exibe a programação, até o dia 10 de outubro, na plataforma sesc.digital/colecao/cinemas-africanos.

O africanos no plural reforça a ideia de diversidade e de que se tratam de várias cinematografias. “Em geral se vincula a ideia de cinema africano a filmes de arte ou político e sempre queremos quebrar esses estereótipos” afirma Ana Camila. É o que a curadoria quer mostrar em 30 títulos, entre ficção e documentário, produzidos em 16 países, a maioria inédito no Brasil. 

No total, serão doze sessões, com dez longas e dois programas de curtas, com histórias de mistério, fantasia e suspense. Entre os destaques estão filmes da África do Sul, Nigéria e Uganda, que têm se destacado no cinema de gênero, e curtas dirigidos por mulheres, com uma mostra competitiva simultânea com o Benin. Há também uma seleção de produções árabes do norte da África.  Edifício Gagarine (2020), da dupla Fanny Liatard e Jérémy Trouilh: diáspora francesa (Foto: Divulgação) O filme de abertura, Juju Stories (2021), é um bom exemplo. Produção do coletivo nigeriano Surreal 16, traz três histórias de bruxaria dirigidas por C.J. Obasi, Abba Makama e Michael Omonua. “Os gêneros cinematográficos africanos são comuns e bem particulares. Não seguem a lógica de Hollywood, por exemplo”, reforça Ana Camila. Na seara do sobrenatural, há também Você Morrerá aos Vinte (2019), de Amjad Abu Alala, que conta a história de um jovem que precisa lidar com a transição para a vida adulta, sabendo que um xeque previu sua morte aos 20 anos. 

A seleção de ficção inclui o road movie feminista Flatland (2019), de Jenna Bass, sobre a jornada de autodescoberta de três mulheres presas a um ambiente hostil; os dramas Para Maria (2020), de Damilola Orimogunje, sobre depressão pós parto, e Edifício Gagarine (2020), da dupla Fanny Liatard e Jérémy Trouilh, a respeito da diáspora francesa; o policial Knuckle City (2019), de Jahmil X.T. Qubeka, focado no mundo do boxe; e o suspense A Garota do Moletom Amarelo (2020), de Loukman Ali.

Os três longas documentais são produções ligadas à Argélia: Meu Primo Inglês, de Karim Sayad, Rua do Saara, 143, de Hassen Ferhani, e O Último Refúgio (2021), de Ousmane Samassekou. 

SERVIÇO

O Quê : Mostra de Cinemas Africanos   Quando até 10 de outubro - 10 longas e 20 curtas Onde:   sesc.digital/colecao/cinemas-africanos Programação: www.mostra decinemasa frica nos.com Palco Giratório em versão online

Um dos projetos teatrais de grande circulação mais interessantes do país, o Palco Giratório chega à 23ª edição em formato digital. Perde em essência, mas segue na intenção de apresentar grupos criativos. Nesta edição, serão 17 espetáculos, exibidos ao vivo, até dia 30, no YouTube do Sesc Brasil, dos grupos selecionados para a edição 2020. 

Os espetáculos serão realizados presencialmente nos teatros do Sesc nos estados (sem público) e transmitidos para todo o Brasil. Hoje, às 20h, tem o brincante A Roda, da cia pernambucana  Rapha Santacruz Produções. O grupo Casa 4 representa a Bahia com o musical Salão, atração do dia 16, com sua dose de “amor, breguice e viadagem” na dança de salão. YouTube do Sesc Brasil, 20h, gratuito.

Coletânea com o melhor de Ney

Ney Matogrosso segue celebrando seus 80 anos, completados em agosto. Desta vez, com uma compilação lançada pela Warner, que traz 16 faixas revisitando um pouco da trajetória de Ney. A seleção é dos jornalistas Julio Maria (biógrafo de Ney) e Renato Vieira. O álbum vai de Raul Seixas (Metamorfose Ambulante) a Odair José (Cante Uma Canção de Amor), passa por sucessos como Sangue Latino (João Ricardo e Paulo Mendonça) e Rosa de Hiroshima (Gerson Conrad e Vinicius de Moraes) e inclui duas canções gravadas antes da fase Secos & Molhados e que permaneciam inéditas no streaming: Tema de Maria e A Estrada Azul.