Motorista de app é preso suspeito de passar mão no peito e coxa de miss em SP

Ela diz que ele começou a ofendê-la e falar de sexo ao saber que era modelo; ele nega

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  • Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2021 às 17:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

A miss e estudante Ariana de Melo denunciou um motorista de transporte por aplicativo por tocá-la sem autorização - ela diz que ele passou a mão em seu seio e na coxa durante uma corrida na terça (19), entre Barueri e São Paulo. 

Ariana, de 27 anos, diz ainda que o motorista a chamou de gostosa e prostituta e depois a xingou de "vagabunda" e "piranha". Ela foi representante de Ilhabela no concurso Miss Universo São Paulo. As informações são do G1. 

A 1ª Delegacia de Capturas do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) fez a prisão do motorista por importunação sexual. O homem tem 52 anos e foi detido em flagrante.

A importunação sexual é diferente do assédio sexual, que precisa ter uma relação de hierarquia entre a vítima e o agressor. A lei entrou em vigor em 2018 e tem pena prevista de 1 a 5 anos de prisão.

A modelo disse à Band que o motorista começou a falar palavras sexuais no meio da corrida. "Foi horrível. Passou a mão em mim, passou a mão no meu peito, passou a mão na minha perna", relatou. 

Denúncia À polícia, Ariana contou que pediu um carro pelo app InDriver quando estava em Barueri e iria até a Vila Mariana, em São Paulo. Isso aconteceu por volta das 13h da terça. 

Ela sentou no banco traseiro do carro, um Renault Logan prata. Logo depois, o motorista já teria começado a fazer várias perguntas a ela, incluindo a profissão. Quando soube que a jovem era modelo, ele falou: "Você é uma modelo bonita e gostosa".

Depois disso, o motorista quis saber se ela era "garota de programa" e Ariana pediu para ele parar, porque iria pagar e descer - estava perto de casa.

O motorista não parou e travou as portas. Quando chegaram perto do prédio onde Ariana mora, ele reduziu a velocidade e disse que queria saber se ela faria "ponto", novamente associado a jovem a programas. 

Depois, ela diz que ele se virou e a acariciou no seio e coxa. Ela diz que mandou ele parar e repetiu que queria sair. Na frente do prédio, ela pagou R$ 48 pela corrida, mas o motorista ainda não tinha destravado a prota, dizendo que ela só poderia descer após dar "o que eu quero". 

Ariana começou a bater nas janelas do carro e pedir socorro. Algumas pessoas que passavam pararam e mandaram o motorista abrir a porta. Quando ela saía do carro, ainda foi xingada de "vagabunda" e "piranha". Depois, ele foi embora.

Motorista nega No depoimento, o motorista negou a importunação sexual e disse que nem conversou com Ariana. Ele afirma que os dois brigaram quando ele contou que teria que cobrar R$ 5 a mais na corrida por conta do pedágio. A modelo teria dito que se recusava a pagar o valor.

Ele disse que a passageira saiu do carro gritando que era vítima de sequestro para chamar atenção das pessoas. Ele diz que insistiu em receber o pagamento da corrida, o que acabou acontecendo.

O motorista afirmou que registrou o caso com a InDriver. A empresa não comentou o caso. 

A delegada Ivalda Oliveira disse ao G1 que acredita na versão de Ariana. "Ninguém ia sair 2h da manhã de uma delegacia por conta de R$ 5. Não combinou a versão dele", diz. A investigação continua. O motorista está preso sem direito a fiança.