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Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2022 às 11:49
- Atualizado há 2 anos
Os momentos de pânico e choque estão marcados na mente do motorista de transporte escolar George Aragão, 27 anos. Ele narrou à imprensa os detalhes da ação que assustou a polícia e a população de Salvador na manhã desta terça-feira (25), quando ele teve o carro levado por bandidos no bairro da Liberdade. Na hora da abordagem, cinco estudantes estavam dentro do carro. Três conseguiram descer imediatamente, mas dois foram levados pelo grupo e deixados, posteriormente, na região. As crianças já estão em segurança e o carro de George foi encontrado pela polícia em Simões Filho.>
Leia abaixo o relato detalhado da ação criminosa:>
"Eu já estava vindo para pegar a última menina e dali a gente já desce para o colégio. Quando eu parei para pegar a menina, esse carro, um prisma branco pediu passagem, eu encostei, ele passou e parou. Um deles desceu do veículo com a arma em minha direção e mandou eu descer do veículo. Eu falei: "eu vou descer, mas deixa eu tirar as crianças". Aí ele praticamente já agressivo, disse: "não, não, não, bora, cadê o celular, carteira?". Eu mostrei a ele onde estava o celular, a carteira, tudo. Aí ele falou: "bora, só tira essas daí". Eu disse: "tem cinco crianças. Duas aqui e três no fundo. Aí ele: "não, não, só tira essas daí". Eu abri a porta do meio, porque a doblô tem uma porta lateral, quando as crianças desceram, ele automaticamente entrou no veículo, botou a primeira com a porta aberta e arrastou o veículo. >
Mais à frente tem o Juizado de Menores ali, ele parou deixou uma criança, e a outra ele deixou no IAPI. Aí foi quando eu entrei em contato com os pais, todo mundo já estava em casa. E foi uma coisa extremamente agressiva, rápida. Algo que não era para acontecer com crianças dentro do veículo. Para você o tamanho da segurança que está o nosso estado, né? É algo que interferiu ali na mente de uma criança, o psicológico. Mas graças a Deus todas as crianças estão em casa e estão bem. >
A minha primeira preocupação era saber como é que estavam essas crianças, mas graças a Deus todas estão em casa com os pais e imediatamente eu vim prestar queixa aqui na Polícia Civil. >
Eu fiquei lá tentando entender o que foi. As crianças estavam em choque, crianças que nunca passaram por aquilo, ficaram aterrorizadas, eles choravam muito. O último menino mesmo ficou em uma situação que dava pena, caótica. >
Eles já tinham um rumo certo porque eles estavam andando ali naquela rota da Liberdade, não é ninugém que não conheça aquela região. E ele praticamente estava me seguindo porque eu já tinha passado por ele e estavam com os vidros fechados, eu não tinha noção de que ele viria atrás de mim". >