Motos eram vendidas por R$ 300 em esquema de fraude no Ciretran na Bahia

Nove pessoas foram denunciadas pelo MP por fazerem parte do esquema

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  • Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2018 às 08:08

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Nove pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público estadual (MP-BA) por participação em um esquema criminoso que consistia na liberação de documentos falsos, subtração, venda e receptação de veículos depositados no pátio da 8ª Circunscrição de Trânsito (Ciretran), em Juazeiro, Norte do estado. O órgão é vinculado ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA).

A denúncia foi oferecida à Justiça, na última quinta-feira (25), pelos promotores de Justiça Márcio Henrique de Oliveira, Raimundo Moinhos e Roberta Masunari, e decorre de operação conjunta realizada pelo MP-BA e Polícia Civil realizada em 11 de outubro. Na ocasião, foram presos preventivamente o coordenador da 8ª Ciretran, Ítalo José dos Santos Souza, e o supervisor de inspeção do órgão, Jair dos Santos Santana. Os dois foram denunciados por formação de organização criminosa e corrupção passiva.

Os despachantes Jaisson e Souza e Juracy Macena dos Santos; o funcionário público Gedeon Gonçalves dos Santos e o motorista Mardônio Alves de Sousa também foram denunciados pelos mesmos crimes e tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, mas estão foragidos.

O marceneiro Marcondes Alves de Sousa, o chaveiro Reginaldo Dantas do Nascimento e o comerciante Valdeilton Nunes Almeida foram denunciados por crime de receptação, porque adquiriram os veículos com conhecimento de que a compra era produto de um crime.

Conforme a denúncia, o coordenador Ítalo José Souza comandava a organização criminosa, que contava com a atuação de despachantes para obter vantagem patrimonial indevida, por meio da subtração de automóveis do interior do próprio órgão e da emissão de documentos públicos falsificados, cobrando valores em troca dos veículos.

Cerca de 19 motocicletas chegaram a ser furtadas do pátio do Detran local, em troca de pagamento no valor entre R$ 300 e R$ 400. Segundo a denúncia, um veículo também foi negociado ilegalmente pela organização criminosa pelo valor de R$ 2 mil. Ítalo Souza e Gedeon Gonçalves também foram denunciados por peculato, falsificação de documentos públicos e por inserir dados falsos em sistema de informações.