MP denuncia quatro pessoas por homicídios no tiroteio da Praia de Jaguaribe

Promotoria pede que Justiça decrete prisão preventiva dos primos Fiuza

  • D
  • Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2021 às 18:57

- Atualizado há um ano

. Crédito: Alberto Maraux/SSP

O Ministério Público estadual denunciou quatro pessoas pelas três mortes ocorridas após o tiroteio na praia de Jaguaribe, em Salvador, ocorrido no dia 5 de janeiro. A denúncia, feita à Justiça, ainda cita a tentativa de homício de outras quatro pessoas na mesma ação. 

Felipe Nauã Fiuza Moreira, Caio Mateus Fiuza Catarino, Iuri Victor Brito Barros Santos e Paulo Henrique Gonçalves Damacena foram denunciados por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. No tiroteio, morreram Juliana Celina Santana da Silva Alcântara, Igor de Oliveira Lima Filho e Lucas Santos da Cruz. De acordo com a denúncia, o quarteto ainda atentou contra a vida de João Victor dos Santos, André Luiz Cunha dos Santos, Rodrigo Conceição Moura e Remily Freire Silva.

A promotora de Justiça Armênia Cristina Santos, do Núcleo do Júri (NUJ) da capital, é quem assina a denúncia. Ela solicitou a decretação de prisão preventiva de Felipe Nauã Fiuza Moreira e Caio Mateus Fiuza Catarino, além da manutenção da prisão preventiva dos outros dois últimos. 

De acordo com promotora, Felipe e Caio Fiuza teriam prometido pagamento, respectivamente, de R$ 50 e R$ 30 a Iuri Santos e Paulo Damacena para que os dois os “escoltassem no trajeto até o local do crime, verificassem a presença das vítimas e aguardassem” até que eles concluíssem o ato criminoso. Eles foram denunciados por cometerem os crimes por motivo torpe, mediante recompensa (no caso de Iuri e Paulo), de forma cruel e sem possibilitar a defesa das vítimas.

Conforme as investigações, uma das vítimas, Lucas Santos da Cruz, tinha envolvimento com o tráfico de drogas e frequentava a praia de Jaguaribe para lazer. No dia do crime, ele estava reunido no local com André Cunha, Rodrigo Moura e Remily Silva. Juliana Santana, que estava na praia com a família, e Igor de Oliveira, que praticava esporte na areia, não tinham vínculos com Lucas e foram atingidos pelos disparos efetuados durante a ação de Felipe e Caio Fiuza.