MPF investiga Sesab por suposto prejuízo de R$ 4 mi em descarte de medicamentos

Por Jairo Costa Junior, com Luan Santos

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  • Da Redação

Publicado em 31 de março de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

O Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito contra a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) por um suposto prejuízo aos cofres públicos de R$ 4 milhões provocado pelo descarte de medicamentos de alto custo. O caso, que está nas mãos do procurador Fernando Túlio da Silva, chegou ao MPF no ano passado, quando foi aberto um procedimento preparatório. As investigações iniciais apontaram indícios de irregularidades, o que levou o procurador a abrir o inquérito para “empreender apurações pormenorizadas acerca dos fatos narrados”. Os recursos seriam oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS). A suspeita do MPF, que apura a prática de improbidade administrativa, é que o descarte se deu pelo fato de os medicamentos estarem vencidos. 

Reincidente Em 2016, a Sesab foi alvo de denúncia parecida. Naquele ano, o prejuízo foi de R$ 6 milhões em medicamentos armazenados na Central Farmacêutica da Bahia (Cefarba) que passaram da data de validade. 

Na bronca Prefeitos baianos estão insatisfeitos com o secretário estadual da Educação, Jerônimo Rodrigues (PT), que assumiu o posto recentemente. A queixa é que, além de não receber os políticos do interior, Rodrigues não autorizou o pagamento dos valores referentes ao transporte escolar, atrasados desde o ano passado. Além disso, segundo prefeitos ouvidos pela Satélite, não deu resposta sobre os repasses aos municípios que receberam alunos da rede estadual após o fechamento de escolas  geridas pelo governo. A falta de recursos tem provocado dificuldades a municípios nesse início de ano letivo.

Discórdia na base O clima entre o vice-governador João Leão (PP) e o senador Jaques Wagner  (PT) não anda nada bom. A causa da discórdia entre os dois caciques são alguns cargos na Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado  (SDE), recém-assumida por Leão no lugar de Luiza Maia (PT). Antes, o posto foi ocupado por Wagner, que pediu ao vice-governador para manter em seus cargos um grupo de assessores levados por ele. Leão, contudo, exonerou quase todos para dar espaço a indicações do PP, segundo governistas com trânsito no Palácio de Ondina.

Incêndio à vista Um impasse na região metropolitana de Salvador pode empacar os quatro projetos de mudança territorial em 49 cidades baianas. A questão envolve os municípios de Candeias, Itaparica, Madre de Deus, Salinas da Margarida, Simões Filho e Vera Cruz, previstos em um dos artigos. A  principal reclamação vem de  Itaparica e Salinas, que alegam possível queda de repasses com a alteração prevista, uma vez que perderão população – as transferências federais são feitas com base no número de moradores.  

Extintor  O imbróglio fez a deputada estadual Fabíola Mansur (PSB) pedir a retirada dos seis cidades da lista dos que terão o território modificado. Para ela, é preciso haver maior debate com a população e entre as próprias gestões municipais. "É fundamental que as mulheres participem mais das instâncias de poder do País. Nós somos 52% da população, não tem sentido que nós não tenhamos uma participação pelo menos aproximada disso. Estamos distante daquilo que é desejável para que tenhamos uma Casa que represente a democracia", Lídice da Mata, deputada federal do PSB ao comentar sobre o Mapa Mulheres na Política 2019, divulgado neste mês. Nele, o Brasil ocupa a posição 134 de 193 países pesquisados, com 15% de participação de mulheres. São 77 deputadas em um total de 513 cadeiras na Câmara, e 12 senadoras entre os 81 eleitos