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Jairo Costa Jr.
Publicado em 19 de janeiro de 2021 às 07:20
- Atualizado há 2 anos
O Ministério Publico Federal (MPF) vai usar uma decisão do Supremo para tentar barrar aposentadoria da desembargadora Ilona Márcia Reis, presa pela Operação Faroeste, caso o pedido seja acatado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ). A solicitação de aposentadoria, revelada ontem pelo site Política Livre, foi feita aproximadamente 15 dias após o MPF apresentar, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), denúncia penal contra Ilona e outros três alvos da Faroeste - os advogados Júlio César Cavalcanti Ferreira, Fabrício Boer da Veiga e Marcelo Junqueira Ayres Filho, genro do ex-senador Walter Pinheiro, todos acusados de envolvimento com a venda de sentenças no TJ.>
Ás de ouro O trunfo dos procuradores da Faroeste tem como base uma decisão da Primeira Turma do Supremo em julgamento realizado no dia 3 de abril de 2018. Na ocasião, o colegiado seguiu o voto do hoje presidente da Corte, ministro Luiz Fux, que veta aposentadoria de servidores afastados do cargo no curso de investigação criminal.>
Saída pela tangente No QG da Faroeste em Brasília, o pedido de Ilona Reis foi visto como artimanha para escapar da mão pesada do relator do caso no STJ, ministro Og Fernandes. Uma vez aposentada, a magistrada perderia foro privilegiado no tribunal superior, onde só há a prerrogativa para desembargadores da ativa, e sua denúncia seria automaticamente remetida para a Justiça Estadual. A presa da defesa de Ilona se deve ainda à proximidade do fim do recesso no STJ, em 31 de janeiro. Isso porque é grande a expectativa de que Fernandes decida inclui-la na lista de réus da Faroste logo após retornar ao batente.>
Efeito cascata Parlamentar com conhecimento do jogo político no Congresso, a deputada federal Lídice da Mata (PSB) está certa de que os desgastes sofridos pelo presidente Jair Bolsonaro terão impacto direto nos votos indecisos da disputa pelo comando da Câmara e vão favorecer a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), nome apoiado pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Para Lídice, a queda na popularidade de Bolsonaro pode fortalecer ainda a oposição e o bloco independente na Câmara. “Estamos no melhor momento desde o início deste governo”, disse.>
Puxada de rede Cresce a pressão para que as mesas diretoras da Câmara e do Senado convoquem emergencialmente o Parlamento, diante da crise que abala o Palácio de Planalto. A avaliação majoritária é de que, no momento, cabe ao Legislativo tomar as rédeas perdidas pelo governo federal.>
Mesa para dois O governador Rui Costa (PT) e o prefeito Bruno Reis (DEM) devem marcar hoje o primeiro encontro a sós entre ambos, durante o ato que dará início à vacinação contra a covid em Salvador. A expectativa é a de que a eventual reunião entre ambos ocorra no mesmo tom do entendimento mantido por Rui e o ex-prefeito ACM Neto (DEM) desde o início da pandemia, tema que, de acordo com interlocutores do petista e do democrata, dominará boa parte da agenda no bate papo dos dois."O Brasil permitiu o oligopólio de oxigênio ao longo dos anos. Estamos dependendo da Linde Gás e White Martins. Presidente e governadores, chamem à responsabilidade essas empresas ou será o caos" - Otto Alencar, senador pelo PSD da Bahia>