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Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2019 às 19:42
- Atualizado há 2 anos
Mãe (à direita) e companheira são suspeitas pela morte do menino (Foto: Divulgação) Ódio. Esta foi razão apresentada por Rosana Auri da Silva Cândido, 27, para matar e esquartejar Rhuan, seu próprio filho, de 9 anos. De acordo com ela, a criança fazia ela ter "lembranças do passado".>
Numa delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal, a mulher acusada de cometer o crime com ajuda da companheira, Kacyla Pryscila Santiago Damasceno Pessoa, 28, se disse muito vingativa e até se comparou com o Deus justiceiro do Velho Testamento da Bíblia.>
Guilherme Melo, degelado que investiga o caso, foi a Rio Branco, no Acre, onde o casal morava antes de se mudar para o Distrito Federal, e ouviu mais de uma dezena de testemunhas. Segundo ele, todas relataram que as mulheres haviam mudado de comportamento nos últimos cinco anos.>
"Elas tiveram uma transformação de personalidade muito grande por causa da religião fervorosa. Disseram que tinham visões, revelações divinas. A mãe Rosana se autointitulava pastora. Porém, apenas a companheira dela fez um curso em uma comunidade religiosa", afirmou o delegado, que classificou o crime como "bárbaro".>
Ainda de acordo com Melo, Rosana matou Rhuan porque queria que ele fosse mulher e por não ter amor ao menino. Na delegacia, a mulher disse que o garoto a fazia lembrar do ex-marido e do sogro. Também relatou que sofreu estupros do pai de Rhuan. O delegado afirma, porém, que Rosana nunca prestou queixa contra o ex. (Foto: Divulgação) "Ela jamais denunciou o ex por esse crime. Disse que tinha ódio do Rhuan, porque ele era fruto de um estupro e que ele o fazia lembrar do passado dela, que ela pretendia esquecer", declarou.>
O laudo divulgado pela Polícia Civil apontou que o menino foi decapitado ainda com sinais vitais e levou 12 facadas.>
As mulheres estão presas desde o dia 1º de junho. Elas serão indiciadas por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e sem a possibilidade de defesa da vítima; lesão corporal gravíssima; tortura e ocultação de cadáver; e fraude processual, pois tentaram limpar a cena do crime, lavando os cômodos da casa.>
Somados todos os crimes, elas podem ser condenadas a uma pena de 57 anos de prisão.>