Mulher que morreu após ser atropelada é sepultada sob comoção de familiares

'Minha filha, que sempre cuidou de mim e me amou, se foi', diz mãe da vítima

  • D
  • Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2022 às 17:25

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Érica Bitencourt Santos, 29 anos, morta depois de ser atropelada no domingo (29), na Boca do Rio, foi enterrada na tarde desta quarta-feira (1º), no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador.

O sepultamento aconteceu em meio à comoção de familiares, que preferiram não falar com a imprensa. 

Mais cedo nesta quarta, Vanessa Bittencourt Santos, 28, irmã de Érica, afirmou que o responsável pelo atropelamento queria acertar uma mulher com quem tinha um relacionamento e havia discutido em um aniversário nas proximidades da Rua Pedro Ferreira, onde o crime ocorreu. Além de Érica, mais três pessoas ficaram feridas.

A auxiliar administrativa chegou em estado grave no Hospital Geral do Estado (HGE) e, logo depois teve a perna amputada, não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 5h de terça-feira (31).

“O carro saiu desse aniversário e veio em direção a outra pessoa, não era para Érica. Ele queria acertar uma mulher que estava envolvida com ele e é casada. Nesse aniversário, esse homem até trocou soco com o marido dessa mulher que ele queria atropelar. Na raiva, ele queria pegar ela, mas, na hora, a moça correu e eles, como estavam de costas, não tiveram como reagir”, disse Vanessa, que também trabalha como auxiliar administrativa.

De acordo com familiares, o responsável pelo atropelamento é Luís Cláudio Barnabé. Ainda segundo informações da família, o suspeito trabalha como motorista de aplicativo, tem empresas e cometeu o crime dirigindo um Grand Siena branco.

Apesar de informar que identificou o suspeito, a Polícia Civil não confirmou a identidade dele. Em nota, o órgão confirmou que solicitou a prisão do condutor. "As investigações continuam, com o objetivo de localizar o suspeito e concluir o inquérito policial. Não divulgamos nomes de suspeitos por conta da Lei de Abuso de Autoridade", diz pronunciamento.

'Perdi minha filha' A pensionista Marta Pereira Bitencourt, 54, mãe de Érica, falou sobre a dor de ter que lidar com a ausência prematura da filha e a vontade de ver quem a matou sendo responsabilizado pelo ato.“Eu só queria ver minha filha viva, uma menina presente e que hoje eu não tenho aqui. Só queria dizer a ela, antes de morrer, para ela suportar a dor, que deve ter sido enorme. Minha filha, que sempre cuidou de mim e me amou, se foi. Eu quero justiça porque perdi uma pessoa maravilhosa”, disse.Pai de Érica, o mecânico Elisvaldo Jesus dos Santos, 51, também falou sobre a filha. “Era minha joia rara, que não acho mais em lugar nenhum. Ela era presente em tudo, ajudava, defendia a todos que estavam próximos com unhas e dentes. Uma pessoa fora de série, que não tem o que falar. O que eu queria era trazer ela de volta, fazer do jeito certo e ir primeiro, não me despedir. Não é justo que ela tenha sido assassinada tão violentamente”, afirmou.

Juntos desde 2016, Luís Henrique também fez questão de comentar o quanto a esposa era especial como companheira, amiga e filha. “Ela não tinha nada a ver com a situação, foi conversar com uma amiga que precisava de ajuda. Isso era uma coisa que ela sempre fazia. Era prestativa, gostava de ajudar todo mundo e, infelizmente, morreu tentando fazer isso. É uma pessoa incrível com quem dividi 15 anos da minha vida”, destacou, com lágrimas nos olhos.