Mutirão retira 1.500 bitucas de cigarros de areias do Porto da Barra

Ações foram realizadas na manhã deste sábado (21)

  • Foto do(a) author(a) Bruno Wendel
  • Bruno Wendel

Publicado em 21 de setembro de 2019 às 13:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: Bruno Wendel/CORREIO

A praia do Porto da Barra ficou lotada na manhã deste sábado (21). O cenário é comum em um fim de semana ensolarado de Salvador, mas, desta vez, além dos banhistas, as areias foram ocupadas por gente querendo fazer o bem.

Foram realizadas, nesta manhã, ações de limpeza das areias do local. Uma delas foi o Clean Up Day - Dia Mundial da Limpeza, coordenada pela Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb). O evento, que acontece simultaneamente em mais de 150 países, tem como objetivo combater o problema dos resíduos sólidos, incluindo os de natureza marinha.   Foto: Bruno Wendel/CORREIO Com o  projeto intitulado “A Onda é Preservar”, a Limpurb também levou ações de educação ambiental para as praias do Porto da Barra e da Boa Viagem, orientando frequentadores, vendedores ambulantes e comerciantes locais a descartar corretamente o lixo produzido e evitando a poluição das praias.

A atividade contou com o apoio da Associação de Moradores e Amigos da Barra (Amabarra) e do Instituto Fundo Limpo. O projeto ocorreu da Praia do Porto até o Forte de Santa Maria, e também do Farol ao Cristo, que recebeu uma escultura em formato de peixe, cheio de resíduos dentro, para a conscietização da população. Foto: Bruno Wendel/CORREIO "A ideia é causar um impacto nas pessoas sobre o que é despejado no mar. A figura do peixe representa os animais que acabam consumindo o lixo jogado no mar. O obejtivo é fazer com que todos reflitam", declara Raísa Peregrino, engenheira sanitarista ambiental da Soteral Ambiental, empresa que apoia o projeto.  

O grupo também realizou uma ação na Cidade Baixa, com limpeza entre o Forte de Monte-Serrat e a igreja da Boa Viagem. 

Além do recolhimento de resíduos, foram distribuídas sacolas biodegradáveis, "lixocar ecológico", camisas e bonés. No total, a ação contou com mais de 70 profissionais.

Outra ação Também pela manhã, ocorreu a 5ª edição do Projeto Praia Limpa, que está prestes a completar um ano. Voluntários de reuníram para recolher resíduos, como tampinhas de garrafa pet, anéis de latas de bebida e bitucas de cigarro - foram mais de 1.500. Foto: Bruno Wendel/CORREIO "Já fizemos quatro ações aqui na Barra e uma no Rio Vermelho, ao decorrer desse primeiro ano de projeto, com o recolhimento de mais de 4 mil bitucas de cigarro, sem contar com hoje, que já foram mais de 1 mil. Também já tiramos uma tonelada de lixo, salvamos vidas marinhas. Essa ação é importante por tudo isso, mas principalmente para conscientizar as pessoas", disse Patrícia Iglesias, idealizadora do projeto e diretora da Terminal de Contêineres (Tecon) de Salvador.

Para ela, muito mais do que deixar as praias limpas, a maior missão do projeto é justamente fazer com que os banhistas se conscientizem da importância de preservar o meio ambiente. Foto: Bruno Wnedel/CORREIO "O importante nisso tudo é a pessoa tomar propriedade disso, desse objetivo que é cuidar. É tomar para si, entender que temos que cuidar do que é nosso e colocar sempre em prática, criar um hábito", completou.O Praia Limpa faz parte do Tecon Salvador, administrado pelo Grupo Wilson Sons, que em julho ganhou reconhecimento internacional ao vencer o Prêmio Marítimo das Américas 2018, na categoria Operações Verdes em Portos e Terminais, que valoriza as operações portuárias ambientalmente sustentáveis.

Essa é a primeira empresa brasileira a ganhar o prêmio, que é promovido pela Organização dos Estados Americanos (OEA), por meio da Comissão Interamericana dos Portos.