'Não vamos tolerar esse tipo de ação', diz titular da SSP sobre ataque em assentamento

Policiamento está reforçado no assentamento Fábio Henrique do MST

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  • Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2021 às 11:56

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/SSP-BA

O policiamento continua reforçado nesta terça-feira (2) no assentamento Fábio Henrique do Movimento Sem Terra (MST), localizado na cidade de Prado, no Sul da Bahia. O secretário da Segurança Pública (SSP), Ricardo Mandarino, informou que a identificação dos autores do ataque é prioridade.

"Não vamos tolerar esse tipo de ação na Bahia. Determinei prioridade no caso e chegaremos aos autores", afirmou Mandarino. O caso foi registrado na Delegacia Territorial (DT) de Teixeira de Freitas. Testemunhas informaram nomes dos possíveis autores. 

Equipes de unidades especializadas da Polícia Militar estão no assentamento para reforçar a segurança. Ninguém foi preso até o momento.

O assentamento sofreu um ataque no último domingo (31). Ônibus foram incendiados, e alguns participantes do movimento foram feitos como reféns. 

De acordo com o MST, dois ônibus dos agricultores foram incendiados, casas foram depredadas e três carros de passeio que estavam estacionados na praça da agrovila foram alvejados com tiros. Integrantes do MST acusam pessoas ligadas a movimentos bolsonaristas de terem participado do ataque.

Apelo O ator e diretor do filme Marighella, Wagner Moura, fez um apelo ao governador Rui Costa para que seja apurado o ataque. Durante o programa Roda Viva, nessa terça-feira (1º), Moura atrelou o ataque ao acampamento à exibição do filme Marighella, no próximo dia 6, no local. 

"Eu quero fazer uma denúncia grave. O filme vai ser exibido na cidade do Prado, no acampamento do MST. Ontem [domingo] 20 homens encapuzados chegaram no acampamento do MST, atiraram nos carros, fizeram pessoas do MST de reféns e eu não posso descontextualizar esse ataque, nesse lugar, da exibição do nosso filme".