No Japão, mulher pega coronavírus pela segunda vez

Com 186 casos, país receberá Olimpíadas em julho

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  • Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2020 às 09:28

- Atualizado há um ano

. Crédito: AFP

Uma mulher, que tem por volta de 40 anos e trabalha como guia de ônibus de turismo, foi infectada pelo coronavírus pela segunda vez. A informação foi divulgada pelo governo da província de Osaka, no oeste do país, segundo a agência Reuters.

O segundo teste que confirmou a infecção foi feito nesta quarta-feira (26) após a paciente ter dor de garganta e no peito. A primeira vez em que a guia de turismo foi infectada foi no fim de janeiro. Ela ficou internada e recebeu alta do hospital em 1º de fevereiro.

Embora esse seja o primeiro caso conhecido no Japão, infecções reincidentes foram relatadas na China, onde a doença se originou no fim de 2019.

Nesta quinta-feira (27) também houve um aumento no número de casos confirmados no Japão, saltando de 170 para 186. Essas infecções apontadas pelo Ministério da Saúde japonês estão separadas dos 704 registrados no navio cruzeiro Diamond Princess, que ficou em quarentena em Yokohama, uma cidade ao sul de Tóquio.

Um total de sete pessoas morreram no país, incluindo quatro do navio. Na quarta, Tóquio pediu que grandes encontros e eventos esportivos sejam suspensos ou reduzidos por duas semanas para conter a expansão do vírus.

Olimpíadas A expansão do vírus acontece poucos meses antes do início dos jogos olímpicos, que começam em 24 de julho. A ministra japonesa a cargo da Olimpíada tentou apaziguar os temores de que o evento possa ser cancelado.

Dick Pound, membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), disse que é mais provável cancelar do que adiar ou transferir os Jogos se a ameaça do vírus forçar uma mudança de calendário, relatou a agência Associated Press, e que uma decisão será necessária até maio.

"O COI está se preparando para os Jogos de Tóquio tal como programado", disse a ministra Seiko Hashimoto no Parlamento ao ser indagada sobre o comentário de Pound. "Continuaremos nossos preparativos para que o COI possa tomar decisões sensatas".