Nova Era: pandemia provoca transformações significativas nas relações profissionais

Confira o que dizem os especialistas e o que é importante saber para se adaptar a esse novo cenário

Publicado em 25 de maio de 2023 às 00:03

- Atualizado há 9 meses

. Crédito: Foto: Surface/Unsplash

A pandemia de Covid-19 teve um impacto significativo nas relações profissionais em todo o mundo. Nesse sentido, algumas tendências emergiram durante esse período, como uma maior flexibilidade (trabalho remoto ou híbrido), ênfase no bem-estar dos funcionários e novas formas de recrutamento.

Na visão de especialistas ouvidos pelo CORREIO, a pandemia trouxe mudanças significativas na cultura organizacional, com um foco maior na comunicação transparente, empatia e resiliência. A colaboração e o trabalho em equipe também tendem a evoluir nos próximos anos, com uma maior dependência de ferramentas virtuais e uma necessidade de adaptação rápida a novos cenários.

Na avaliação de Fábio Rocha, diretor da Damicos, consultoria em liderança e sustentabilidade, o setor industrial enfrenta grandes desafios, uma vez que o seu core-business ainda está conectado a um mundo que cada dia existe menos, baseado em hierarquias rígidas, comando-controle da liderança e modelos arcaicos de produção. Fábio Rocha defende que o setor industrial deve começar revendo o mindset dos seus empresários e lideranças (Foto: Divulgação) “O setor industrial precisa, cada vez mais, se reinventar e deve começar revendo o mindset dos seus empresários e lideranças, entendendo que existe uma nova mão-de-obra, um novo mercado, uma nova sociedade que exige que a empresa vá muito além de uma entrega de excelência na sua commodity, e que precisa acordar para o fato de que a cultura organizacional, as pessoas, um novo modelo de liderança e a inserção do ESG (práticas ambientais, sociais e de governança) são os responsáveis pelo crescimento e perpetuidade das indústrias”, observa Rocha.  

Saúde integral Na Braskem, a pandemia e os novos desafios atuais aceleraram não só a consolidação do modelo de trabalho flexível na companhia (com o uso de tecnologia para ampliar o alcance da comunicação), como também o desenvolvimento de modelo inovador de liderança no trabalho, com um viés ainda mais humano e voltado para a saúde integral dos seus colaboradores e parceiros.  Na Braskem, o período pós-pandemia tem servido para desenvolver a escuta empática (Foto: Braskem/ Divulgação) Uma das ferramentas implementadas pela Braskem é o Termômetro do Bem-Estar, um mecanismo de escuta que busca entender como os funcionários estão se sentindo no trabalho, e o Check-In, que apoia o líder na construção de um diálogo sobre as emoções da equipe, ajudando no entendimento do momento atual de cada pessoa.“Estes recursos abrem espaço para a escuta empática, estimulando um ambiente mais saudável e harmônico na equipe”, afirma a companhia.Novas gerações Há mais de meio século, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL/BA) é a ponte que conecta empresas a jovens talentos com o mercado de trabalho. O psicólogo e coordenador de carreiras da instituição, Afonso Almeida, afirma que a pandemia atuou como uma aceleradora de diversas mudanças, como novos comportamentos e tecnologias.“Os profissionais, principalmente os mais jovens, que buscam ingressar no mercado de trabalho, têm se deparado com uma dinâmica pouco convencional. As empresas estão dando uma ênfase maior na busca por talentos que dominem ferramentas tecnológicas, sobretudo em áreas mais estratégicas que dependem da análise de dados, assim como em habilidades comportamentais”, explica.Mais criteriosos Por outro lado, os candidatos também estão sendo mais criteriosos em suas buscas por oportunidades de trabalho. “A maneira como essa geração enxerga o mercado traz para as empresas um grande desafio na hora de selecionar. Em um cenário anterior, os candidatos se mostravam mais passivos nas negociações, diferentemente do contexto atual”, compara Almeida.  Para o coordenador de carreiras do IEL/BA, Afonso Almeida, a maneira como essa geração enxerga o mercado traz para as empresas um grande desafio na hora de selecionar (Foto: Divulgação) De acordo com o coordenador do IEL, entre os fatores mais procurados pelos profissionais, estão: uma relação marcada pela autonomia; um aprendizado constante; flexibilidade para trabalhar dentro e fora dos escritórios; e conexão com o propósito de vida. 

Capacitações estratégicas O IEL atua de maneira estratégica para se aprofundar nos anseios dessa geração e no impacto da transformação tecnológica no comportamento, assim como em relação às expectativas das empresas. 

Em parceria com especialistas, a instituição disponibiliza capacitações para estagiários, aprendizes e bolsistas sobre inteligência emocional, ferramentas tecnológicas, comunicação assertiva, gestão do tempo, dentre outros temas que são trazidos pelos próprios jovens participantes dos programas de estágio. Saiba mais sobre as capacitações do IEL: ielbahia.com.br.

CINCO MUDANÇAS QUE PODEM INFLUENCIAR AS RELAÇÕES PROFISSIONAIS PÓS-PANDEMIA

. Trabalho remoto e flexibilidade

. Digitalização e tecnologia

. Maior ênfase na saúde e bem-estar

. Mudanças na cultura organizacional

. Novas formas de recrutamento e seleção

O projeto Indústria Forte é uma realização do jornal Correio com o patrocínio da Acelen e Unipar, apoio institucional da FIEB e apoio da Braskem e Wilson Sons.

Assinantura Estudio Correio
O Estúdio Correio produz conteúdo sob medida para marcas, em diferentes plataformas.