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Jairo Costa Jr.
Publicado em 8 de março de 2022 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
Fogo companheiro Mesmo com a garantia do senador Jaques Wagner (PT) de que a recusa do também senador Otto Alencar (PSD) em disputar o governo do estado foi o pano de fundo da nova reviravolta na chapa do Palácio de Ondina - anunciada por ele ontem, em entrevista à Rádio Metrópole -, o governador Rui Costa atribui aos deputados petistas o movimento que o levou a desistir de abdicar do cargo para concorrer a uma vaga no Congresso. No grupo de aliados mais próximos, Rui deixou clara a irritação com o padrinho político. Considera que Wagner não moveu um músculo para frear a ofensiva deflagrada por parlamentares do PT a favor da candidatura própria da sigla e contrária à sua renúncia e à consequente entrega do leme ao vice-governador João Leão (PP).>
Ponto morto "Wagner tem ascendência sobre quase todos os deputados do PT. No entanto, em reunião recente no seu escritório politico da Paralela, ele deixou a bancada correr solta. Ao agir assim, autorizou a fritura que fez Otto desistir de vez de entrar no páreo e a manter a candidatura ao Senado", confidenciou um aliado de primeira linha do governador.>
Jogo combinado Parlamentares do PT que lideraram o levante em defesa da candidatura puro-sangue ao governo, e por consequência direta melaram os planos de Rui, garantem que a pressão só foi inciada após sinal de verde de Otto. "Tivemos o cuidado de ouvi-lo, e ele foi categórico em nos dizer que não tinha interesse em ocupar o espaço aberto com a desistência de Wagner. Disse ainda que, a partir de então, cabia a nós batalhar para pôr um petista na cabeça da chapa", assegurou um dos deputados responsáveis pelo cerco que provocou mais uma implosão no xadrez eleitoral governista.>
Rugido na cova Enfurecidos por Wagner ter deixado João Leão dormir com o sonho de governador na cabeça e acordar novamente vice, a imensa maioria dos integrantes do comando estadual do PP cobrou o imediato fim da aliança entre o partido e a base aliada ao PT. Certos de que Rui entregaria o leme ao vice a partir de 2 de abril, os caciques da sigla consideraram o recuo um gesto de deslealdade dos petistas com Leão. Até as 21h de ontem, a reunião de emergência convocada pela direção do PP para decidir o futuro na sucessão não havia terminado, mas é forte o desejo de aderir à oposição ou voar de forma independente.>
Show do milhão Assustados com a perda de prefeitos em redutos no interior para políticos do centrão, deputados baianos adversários do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Câmara descobriram a origem por trás da debandada: as gordas verbas do orçamento secreto. Em troca de apoio na corrida eleitoral, a tropa de choque do Planato promete derramar em municípios de seu interesse a dinheirama oculta destinada à bancada bolsonarista, por meio de emendas ao relator.>
Força da grana Prefeitos ouvidos pela Satélite sob condição de anonimato confirmaram o assédio de parlamentares do centrão no estado, através de recursos do orçamento secreto. Avaliam que as somas oferecidas são tão expressivas que fica difícil resistir à proposta.A primeira reunião foi produtiva, mas não conseguimos ouvir o governo estadual. Agora teremos uma nova chance de ouví-lo, e também o Ministério Público e o TCE Cláudio Tinoco, vereador da capital pela União Brasil, sobre a segunda audiência pública da Câmara Municipal para discutir a paralisação nas obras do VLT do Subúrbio, marcada para amanhã, às 9h, no auditório do Centro Cultural da Casa>