Nova joia do Vitória define como quer ser chamado: Caíque Souza

Autor do único gol do Leão na estreia da Série B se emocionou ao contar a sua história

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  • Vitor Villar

Publicado em 29 de abril de 2019 às 17:17

- Atualizado há um ano

. Crédito: Maurícia da Matta / EC Vitória

Autor do único gol do Vitória na estreia da Série B – a derrota por 3x1 para o Botafogo-SP – o atacante Caíque tem sofrido com uma certa falta de identidade neste início de temporada. Mas parece que na manhã desta segunda-feira (29) tudo foi resolvido.

Explica-se: Caíque Sílvio Souza da Silva, 20 anos, subiu ao profissional no início deste ano. Por conta do xará goleiro, não pôde ser chamado apenas por ‘Caíque’. Daí, já foi chamado por todos os seus sobrenomes.

No início de abril, ao ser elogiado pelo técnico Cláudio Tencati, foi tratado como ‘Caíque Silva’. Ao ser relacionado para a sua primeira partida como profissional, diante do Botafogo-SP, o Leão o chamou por ‘Caíque Souza’.

E na relação de titulares para aquele duelo, no último sábado (27), foi chamado por ‘Caíque Sílvio’. Deu sorte, já que aos três minutos da etapa final marcou o único gol rubro-negro.

O menino, porém, já definiu: quer ser chamado de Caíque Souza. “Tá sendo complicado para todo mundo [risos]. Eu tinha falado que prefiro Caíque Souza, na rede social já tá assim e é como me conhecem. Colocaram Silva primeiro, depois veio o sobrenome Silvio que é uma homenagem a meu pai - minha mãe colocou em homenagem a ele, meu pai é falecido -, mas eu prefiro Caíque Souza mesmo”, disse.

Apresentado oficialmente, o garoto contou a sua história. “Sou de Santo Antônio de Jesus, terra boa, de Júnior (ex-lateral esquerdo). Venho de uma família simples, criado com minha mãe e minhas avós. Meu pai faleceu quando eu ainda estava na barriga de minha mãe”, disse.

“Cheguei aqui há cinco anos, vim para integrar o sub-15 e essa trajetória foi muito difícil. Ficar longe da família, sair de casa cedo, vim pra cá pra Salvador para morar só… Fiquei no alojamento, saí há pouco tempo pro apartamento”, completou.

Ao chegar ao profissional, Caíque realiza o sonho de pessoa em especial: Dona Lucinha, sua avó, que praticamente criou o garoto. O garoto foi às lagrimas na entrevista coletiva lembrando dela.

“Ela é uma segunda mãe para mim, foi minha avó quem me criou. Minha mãe fazia faculdade e eu ficava com ela. Falar de minha avó é fantástico [Caíque se emociona]. Ela acabou perdendo meu pai, filho dela, quando eu estava na barriga de minha mãe e eu cheguei para somar na vida dela, ficar no lugar de meu pai. O que o Vitória me der eu vou fazer por ela”, finalizou.