Após publicar uma autorização para intercambialidade entre vacinas para grávidas e puérperas, mas sem a recomendação, o Ministério da Saúde atualizou os protocolos e agora recomenda que grávidas e puérperas até 45 dias após o parto vacinadas com a Astrazeneca/Fiocruz tomem, preferencialmente, a segunda dose da Pfizer/BioNTech.
A orientação foi anunciada nesta segunda-feira (26) pela secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite, e está em nota técnica da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (SeCov).
Segundo Rosana, caso a vacina da farmacêutica americana não esteja disponível no momento da segunda dose, poderá ser utilizada a Coronavac/Butantan. "É importante que as grávidas se vacinem e façam essa intercambialidade, preferencialmente com a vacina da Pfizer, a qual existem estudos já mostrando essa efetividade", afirmou Rosana. "Na excepcionalidade, elas poderão usar também a Coronavac que mostra uma boa efetividade", concluiu.
De acordo com o Ministério, a atualização das recomendações foi discutida por especialistas da Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças do Ministério da Saúde.
Para as grávidas e puérperas que estão começando o ciclo vacinal agora, a orientação do Ministério da Saúde é a mesma: elas devem tomar os imunizantes que não têm o vetor viral, ou seja as vacinas da Coronavac ou da Pfizer.
O Ministério da Saúde fará uma campanha para orientar as grávidas e puérperas. As peças e vídeo publicitários serão divulgados na internet de 27 de julho a 23 de agosto.
Intercambialidade também para vacinados fora do país
Na nota divulgada nesta segunda, o Ministério aponta que situação de grávidas e puérperas é considerada uma exceção na vacinação. Além disso, a nota também determina que a intercambialidade poderá ser realizada por pessoas que tenham tomado a primeira dose da vacina em outro país e que estarão no Brasil no momento de receber a segunda dose. A segunda dose deverá ser administrada no intervalo previsto para os fabricantes da primeira dose.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, no caso de pessoas vacinadas de maneira inadvertida com duas vacinas diferentes, a orientação é da notificação como um erro de imunização no e-SUS Notifica, sistema acessado por estados e municípios, responsáveis por esses registros. “Não é permitida a intercambialidade nos casos normais e quando isso acontecer, o caso deve ser tratado como um erro vacinal e notificado”, explicou a secretária.
O Ministério da Saúde também recomenda que essas pessoas sejam acompanhadas com relação ao desenvolvimento de eventos adversos e falhas vacinais.
Bahia
Na última terça-feira (20), a Secretaria Estadual da Saúde da Bahia (Sesab) divulgou nota, onde recomendava que gestantes que já receberam a primeira dose da vacina contra a covid não recebam outro tipo de imunizante na segunda dose.
Na ocasião, a Sesab recomendou que se a primeira dose tivesse sido feita com a vacina da Oxford/AstraZeneca, as mulheres devem aguardar o prazo de 45 dias pós parto para completar o esquema vacinal com o mesmo tipo de vacina. A posição seguia a recomendação anterior do Ministério da Saúde. Com a atualização, a tendência é que a Bahia siga a determinação federal.
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