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Publicado em 19 de setembro de 2019 às 05:01
- Atualizado há um ano
Duas derrotas para os lanternas do momento significam muito mais do que seis pontos perdidos para concorrentes diretos; revelam, com uma força de doer, que o caminho do Vitória no Campeonato Brasileiro da Série B possivelmente será olhando para baixo até a 38ª rodada.
Guarani e São Bento martelam na mente o temor do rebaixamento, que aos poucos ia sendo superado. A reação causada pelos sete jogos anteriores de invencibilidade com Carlos Amadeu virou pó.
O torcedor é forçado a se lembrar que tal preocupação, na verdade, nunca passou. Errado foi quem se apressou em fazer contas para o acesso depois que venceu o Vila Nova, fora de casa, e se empolgou porque teria dois rivais frágeis pela frente, em sequência.
Amadeu tem sua parcela de culpa na pressão que recebeu por ter perdido o fio da meada. Logo depois de vencer o Paraná por 2x0, com uma exibição sólida em sua estreia, e de ganhar do CRB em Maceió, no primeiro triunfo do Leão como visitante, o treinador iniciou um ciclo de mudanças na escalação que não apresentou resultado e desde então se emaranhou nesse novelo.
Com um agravante: a piora se deu justamente depois de ter 11 dias de intervalo entre os jogos contra Vila Nova e Guarani. Esperava-se melhora, mas a produção ofensiva regrediu.
Daí surge o assunto natural em dez de cada dez clubes brasileiros em tempo de crise: demite o treinador? E quando se chega a essa pergunta interna pela quarta vez em nove meses de temporada, qualquer resposta é preocupante.
Preocupante porque as derrotas para Guarani e São Bento, da maneira que o time se portou em ambas, reforçam a convicção de que é preciso mudar – e quase sempre sobra para o técnico, como aconteceu com Amadeu.
Preocupante também porque, mesmo em caso de mudança, já está claro para todos (ou pelo menos deveria estar) que o problema do Vitória vai além das escolhas de Carlos Amadeu, que sucedeu Osmar Loss, Claudio Tencati e Marcelo Chamusca, todos moídos neste 2019 que, além de treinadores, também já triturou presidente, diretores e até o Barradão.
Feliz ou infelizmente, o ano vai passando. Só faltam dois meses e 11 dias para o fim da Série B, em 30 de novembro. Mais 15 partidas, oito em casa e sete fora. Até lá, mais do que trocar de treinador, o Vitória precisa preservar no ambiente de trabalho o sentimento de confiança. A essa altura, quem está no barco já se molhou, mas se afogar será muito pior. A opção que resta é trabalhar e acreditar até o final.
O elenco é limitado, porém é o que tem à disposição - fruto das escolhas de Ricardo David e de Paulo Carneiro, porém o pai da criança não faz diferença agora. É preciso andar para frente, sempre. Em campo, fazer o feijão com arroz, chegar a 40 pontos ou pouco mais do que isso – a pontuação de corte está baixa nesta temporada - e escapar da terceira divisão. Pelo que tem sido o ano rubro-negro, não cair será lucro. Moral, esportiva e financeiramente falando.