O empreendedorismo pós-pandemia

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  • Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

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O brasileiro sempre teve o sonho de ser dono do próprio negócio. Afinal, na lista de desejos está atrás apenas de comprar um carro, viajar pelo Brasil e ter a casa própria, segundo o relatório anual do Global Entrepreneurship Monitor (GEM).  Mesmo sabendo que todo empreendedor tem no seu DNA a motivação para superar obstáculos, ninguém poderia prever um cenário tão desafiador, principalmente para os micro e pequenos empresários. 

 Com a pandemia e a consequente redução dos postos de trabalho em todo o país, o empreendedorismo por necessidade - ou seja, aqueles que viram empreendedores pela falta de oportunidades de emprego - se transformou em uma importante alternativa de renda. Somente nos 9 primeiros meses de 2020, o número de registros de MEIs (microempreendedores individuais) no Brasil cresceu 14,8%, com 1.470,484 novas empresas, quando comparado com o mesmo período de 2019, chegando a 10,9 milhões de registros, de acordo com o Portal do Empreendedor.

 A pandemia modificou uma série de hábitos nas formas de vender, comprar e trabalhar. Se adaptar às inovações tem se mostrado uma atitude cada vez mais necessária para os empreendedores que desejam expandir suas organizações e conquistar melhores resultados. O trabalho remoto, foi uma alternativa necessária durante o período de distanciamento social para muitos profissionais, e o que antes era visto como algo que poderia baixar a produtividade ou o desempenho da equipe, apresentou bons resultados para muitas empresas.

O delivery que durante muito tempo foi somente mais um canal de venda, se tornou quase obrigatório e praticamente o único meio de contato físico com o cliente, exigindo uma profissionalização cada vez maior dos colaboradores que entregam os produtos e das embalagens. 

 A adoção às soluções digitais foi algo que ajudou muitas empresas a permanecerem no mercado. Inclusive, muitas das empresas que já contavam com essas ferramentas não sentiram tantas dificuldades com a gestão de equipe, clientes e finanças, ao longo da pandemia. Segundo a ABCOMM (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), desde o início da pandemia mais de 135 mil lojas aderiram às vendas pelo comércio eletrônico para continuar vendendo e se mantendo no mercado, e o faturamento do e-commerce cresceu 56,8% neste ano, chegando a R$ 41,92 bilhões.

 Sabemos que as crises são sempre catalisadoras de inovações e essa revolução mercadológica foi um combustível e tanto para essa aceleração. Uma coisa é certa, os modelos de negócios mais flexíveis e com melhor capacidade de adaptação terão maiores vantagens em relação aos demais, pois conseguirão ajustar seus processos de forma mais rápida e precisa ao mercado em constante mutação.  

Fábio Martins é CEO da Projek Consultoria