O mundo aos pés de Messi

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  • Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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O mundo se rendeu uma vez mais a Lionel Messi, eleito pela sexta vez o melhor jogador de futebol do planeta. Aos 32 anos, o argentino já tem o seu lugar garantido entre os maiores atletas da história, mas parece sempre disposto a subir mais um degrau, até que alcance o topo e destrone os reis do futebol: para alguns, Diego Armando Maradona; para muitos, inclusive para este que vos escreve, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. 

O problema, para o argentino, é que um tal português impede que ele reine absoluto no esporte mais popular do mundo. Movido por um desejo de ser o melhor da história e também pela rivalidade com Messi, Cristiano Ronaldo investe todas as suas energias em continuar no topo. Bateu na trave nas duas últimas edições do prêmio de melhor do mundo da Fifa, para Modric e Messi, mas alguém duvida de que ele será capaz de estar lá novamente no ano que vem?

Talvez fosse melhor para Messi e Cristiano viverem em épocas distintas, onde ninguém colocasse em xeque o talento de um movido pela admiração ao outro. Mas será que eles seriam tão dominantes se não tivessem um ao outro por todos esses anos? O português e o argentino monopolizaram a disputa de melhor do mundo por dez anos consecutivos, até que Modric aparecesse para acabar com a farra. A verdade é que um puxa o outro para cima. A competitividade que existe entre eles é o que impede que alguém abaixe a guarda.

Como o ser humano é movido pelo desejo incontrolável de estabelecer comparações, estamos há mais de uma década discutindo quem é melhor, o atacante do Barcelona ou o da Juventus? Há quem prefira o talento sobrenatural de Messi, o dom para enfileirar defensores ferozes como se estivesse brincando com os filhos no quintal de casa. Há quem se desmanche pela letalidade de Cristiano Ronaldo, um jogador altamente decisivo, uma besta enjaulada com ódio, que vence e vence e vence. Independentemente de qual seja a sua preferência, levante as mãos para o céu e agradeça a oportunidade de apreciar esses dois monstros simultaneamente. 

E onde fica o grandalhão Van Dijk nessa história? Eleito o segundo melhor jogador do mundo, o holandês se credenciou a estar entre Messi e Cristiano após fazer uma temporada absurda pelo Liverpool, sendo peça fundamental para a conquista da Liga dos Campeões. Para ele, infelizmente, pesa o fato de concorrer com jogadores que decidem partidas como se fossem verdadeiras máquinas de colocar a bola na rede. Mas só o fato de desbancar os companheiros Salah e Mané, atacantes com faro de gol apurado e lembrados na lista, já dá uma ideia do quão especial foi a temporada do zagueiro holandês. 

Eis que o torcedor brasileiro se pergunta: mas, ué, cadê Neymar? Ele é mais jogador do que Salah, Modric e Van Dijk, é certo que só está abaixo de Cristiano Ronaldo e Messi, porém está menos focado em jogar futebol do que todos estes citados. Não ser sequer citado na premiação é prova do quanto o craque brasileiro tem se esforçado para desperdiçar seu talento.

Será que agora, depois ver contrariado seu desejo de voltar ao Barcelona, com a torcida do PSG cada vez menos disposta a engolir suas regalias, ele acorda para a vida e foca somente em jogar bola? Vamos dar tempo ao tempo. 

Rafael Santana é repórter do Globoesporte.com.