O novo em nós: bom pretexto para mudanças

Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.

  • Foto do(a) author(a) Cesar Romero
  • Cesar Romero

Publicado em 6 de janeiro de 2020 às 05:00

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: .

Começou um ano novo, são muitos os votos de Feliz Ano Novo, seja pessoalmente, por mídias sociais, rádio e TV. Algo pode mudar? Na essência não, são dias comuns como em países não católicos. É um bom pretexto para mudança ou aprimoramento nas áreas casal, social, familiar e profissional.

No coletivo, o Réveillon, que significa “reanimar”, “despertar”, é uma festa multicolorida, com fogos de artifício pulsando nos céus, iluminando sorrisos e abraços. No dia seguinte, feriado para o descanso e propósitos de mudanças.

Para os artistas visuais o campo profissional é de grande importância. O que fazer? Continuar com a mesma fórmula ou mudar com novos propósitos?

Fazer um livro? Os patrocinadores e editais ajudariam? Um livro é muito importante na carreira de um artista. Se um artista opta por uma mudança cabe refletir – é uma continuidade da fatura anterior? Saiu do seu próprio trabalho, o que é bem melhor, ou veio influenciado pela moda? Um artista “inquieto” não é aquele que muda todo ano, fazendo coisas sem a menor conexão com a sua atividade. Inquieto é aquele que tira do seu trabalho a essência da mudança, seguido ele mesmo a responsabilidade dessa nova aparência visual.

O “inquieto” pode ser aquele artista desagregado, que conhece bem as técnicas, mas não sabe seguir um caminho que seja seu. Picasso mudou sempre, mas mudava sempre Picasso, seja no desenho, na pintura, gravura, cerâmica, escultura e o que fizesse. Para o artista visual, viver do seu produto sempre será um motivo de orgulho. Mas é preciso ter cuidado com os preços que devem depender do currículo, dos prêmios de reconhecimento, dos textos críticos que avaliam a trajetória. Hoje artistas querem cobrar o que não se justifica, até eles mesmos não podem comprar suas obras. Acontece com frequência, na mudança dos tempos, os preços caírem vertiginosamente e fazer o que? Convencer os colecionadores que o investimento dele gorou?

Os marchands do Brasil gostam do artista pronto, sem trabalho de investir e defender seu artista. O artista tem que ser defensável. O bom marchand acompanha de perto seus contratados, abrindo caminhos, evoluindo juntos. Há no país, vários tipos de marchands os éticos e os não éticos, como em qualquer profissão, seja ela Medicina, Arquitetura, Advocacia, Engenharia. O marchand tem que ganhar dinheiro para viver, se possível viver bem, ganhar bem. Mas não deve ultrapassar os limites razoáveis da ética, do cuidado e do bom senso. O mercado de arte não está ligado ao economicismo, convém observar critérios.

O Ano Novo está aí, reflexões e autodomínio.