O Vitória tem boas chances de não cair; só não vê quem não quer

Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.

  • Foto do(a) author(a) Paulo Leandro
  • Paulo Leandro

Publicado em 6 de outubro de 2021 às 05:38

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

O campeonato de pontos corridos pode nos iludir com a pretensa proposta de garantir igualdade entre os times, em seu regulamento, uma vez todos jogarem entre si, duas vezes, acrescido o cuidado de uma partida ocorrer em casa, e outra fora, em sistema conhecido pela expressão “ida e volta”, aplicado o princípio do duelo originado na França do século XVIII.

No entanto, se verificarmos melhor se temos razão para crer em tal solidez de oportunidades, podemos desconfiar tratar-se  de um argumento falacioso, quando a competição vai afunilando, como ocorre com a Série B, na qual se encontra o Vitória, em situação de risco de queda.

O flagrante perfeito de desigualdade, diluindo os números em perspectiva analítica, decorre dos contextos diversos nos quais os times se enfrentam, pois nesta fase da disputa começam a definir-se aqueles posicionados no meio da tabela, sem chances de subir ou cair, além de outros próximos de garantir-se na Série A de 2022, e ainda os últimos, condenados a cair.

Deste pressuposto de fluidez ou flexibilização dos algarismos, aparentemente firmes e rijos, advém a chance de melhor visibilidade visando contribuir com o Vitória para seu planejamento, com o objetivo, uma vez mais, de manter-se na segundona, dimensão compatível ao atual tamanho do clube, para sermos bem sinceros.

Comecemos pelo Confiança, adversário do próximo sábado, uma das agremiações ameaçadas de ruir, embora venha tentando o time proletário levantar-se na competição: não há outro cálculo aceitável para o Vitória, senão os três pontos diante do valoroso vizinho de Sergipe.

Vale a pena, além deste triunfo, torcer pelo insucesso do Sampaio Corrêa, por estar posicionada a Querida Bolívia lá pelo meio da tabela, nem demonstrando fôlego suficiente a fim de dar um pique rumo ao acesso, e tampouco ameaçada de cair, portanto, equipe do tipo ideal para o Vitória vencer fora de casa, porque não demonstra esta vontade toda.

No retorno, o Vitória tem outro compromisso do perfil do Confiança, o Brasil de Pelotas, lanterninha da disputa, e quanto mais acesa melhor, nesta partida programada para Salvador, onde o Decano poderia descontar a derrota sofrida no Rio Grande do Sul.

A Ponte Preta, em Campinas, seria o novo adversário, em jogo-chave, considerando a Macaca permanecer próxima à zona maldita, embora, pelas circunstâncias, não deixe de apresentar alto risco porque provavelmente vai buscar os pontos restantes para livrar-se da queda concorrendo com o Vitória.

Em seguida, teremos a visita do CSA, por ora aspirando ainda a uma vaga no G-4, forçando os rubro-negros a acenderem todas as velas para o time alagoano despencar desta posição até lá, a ponto de já receber o Vitória sem forças de alcançar a Série A em 2022, decorrendo daí a suposta menor gana em vencer, naquela situação intermediária entre não cair e nem subir.

Fora de casa, Avaí e o Vasco serão duas pedreiras seguidas, se ambos estiverem na briga por acesso, especialmente o Leão catarinense, em ritmo de escalada, enquanto o Almirante, se tiver esmorecido, poderia ser alvo possível, dadas as condições de temperatura e pressão, como pode-se analisar adiante nos perfis do Cruzeiro, CRB e Vila Nova, na reta de chegada.

Paulo Leandro é jornalista e professor doutor em Cultura e Sociedade.