Onde ver filmes nacionais (de graça)

Plataforma Itaú Cultural Play completa um ano com boas opções no catálogo

  • Foto do(a) author(a) Ana Pereira
  • Ana Pereira

Publicado em 21 de maio de 2022 às 07:00

. Crédito: Foto: Divulgação

Lançada em junho do ano passado e prestes a completar um ano, a plataforma Itaú Cultural Play vai se consolidando como a casa do cinema brasileiro no streaming. E com a grande vantagem de ser gratuita e ter fácil navegação, incluindo em dispositivos móveis. É só fazer um cadastro simples em www.itauculturalplay.com.br e conferir as listas e curadorias, que contam com 300 produções audiovisuais.

Toda semana tem lançamentos ou mostras dedicadas a cineastas ou com recortes temáticos: Cinema e Literatura, Clássicos, Humor ou Premiados em Festivais – com destaque para Cannes e o É Tudo Verdade. 

Nesta sexta entrou no catálogo a mostra Bom Dia, Professor, com dez títulos exibidos no Clube do professor, outro projeto do Itaú Cultural, que exibe filmes em sessões especiais para professores. Nesse caso, o foco central são ficções e documentários que tratam de temas nacionais relevantes.  A produção baiana Café com Canela está disponível no streaming (Foto: Divulgação) A seleção traz dois filmes baianos de destaque da década passada, ambos premiados no Festival de Brasília: Depois da Chuva (2013), de Cláudio Marques e Marília Hugues, e Café com Canela (2017), de Ary Rosa e Glenda Nicário. As duas duplas chamaram atenção para a nova cena produzida na Bahia: Claúdio e Marília com um cinema urbano que mostrava uma Salvador pós-ditadura e Ary e Glenda falando de negritude e do papel da mulher na sociedade. Outro destaque da mostra é Ferrugem (2017), do cineasta Aly Muritiba, que faz uma abordagem sensível sobre a relação escola, bullying e redes sociais.   Monte sua lista

O forte da plataforma são os filmes, já que a oferta de série é bem limitada. A escolha vai de acordo ao gosto do freguês. Começando pelos clássicos, que podem ser encontrados em bom número. Tão lá os principais filmes de Glauber Rocha (Deus e O Diabo na Terra do Sol, Terra em Transe e O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro) e de Hector Babenco (Pixote, a Lei do Mais Fraco, O Beijo da Mulher Aranha e Carandiru).   

Mas vale explorar outras cinematografias. A mostra Terror à Brasileira traz o longa Quando eu Era Vivo, de Marco Dutra, inspirado no livro A Arte de Produzir Efeito sem Causa, de Lourenço Mutarelli, com  Antonio Fagundes e Sandy no elenco. A trama gira em torno de uma obsessão de um jovem pelo passado da família. Tem humor com Wood & Stock – Sexo, Orégano e Rock'n'Roll - baseado nos personagens de Angeli; e a série Peixonauta para a criançada. 

Outra mostra que vale a pena é a dedicada à diretora carioca Helena Solberg – que inclui o premiado documentário Carmen Miranda: Bananas is my Business, resignificando a vida e a obra da cantora para além do imaginário construído pela imprensa internacional.   

 

Podcast Calunguinha reúne histórias musicadas com personagens negros Ícaro Silva, Naruna Costa, Yuri Marçal, Areta Sadick participam do projeto (Foto: Divulgação/Spotify)  Foi procurando histórias com personagens negros para o filho que o casal  Lucas Moura e Stela Nesrine teve a ideia para  o podcast  Calunguinha - O Cantador de Histórias - que estreou esta semana no Spotify. A série apresenta 12 histórias cantadas,  inspiradas em importantes figuras negras  do Brasil e do mundo. 

Os episódios contam com a narração de artistas da música e da dramaturgia brasileira. Na estreia, Lázaro Ramos conta a história sobre o  Rei Malunguinho, personagem da tradição espiritual afro-ameríndia, inspirada na figura do líder João Batista, do Quilombo de Catucá. Sem querer que a mãe vá pro trabalho, Calunguinha resolve aprontar, tranca a porta de casa e esconde a única chave no meio dos seus brinquedos. Diante da situação, sua mãe lhe conta a história de Rei Malunguinho, o grande chaveiro. 

 Os próximos episódios falam de João Cândido(Zudizilla), Luisa Mahin (Roberta Estrela D'Alva), Teresa de Benguela (Margareth Menezes), Teiniaguá(Naruna Costa), Zeferina (Luedji Luna),  Ganga Zumba (Yuri Marçal) e Preto Cosme (Ícaro Silva), entre outros.