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Operação Chuva prevê sistemas de prevenção e alerta para 2021

Previsão é de que chova 40% menos na comparação com o ano passado

  • D
  • Da Redação

Publicado em 15 de março de 2021 às 13:40

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Marina Silva/ CORREIO

Não bastasse a pandemia, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) lotadas, e a vacina chegando a conta gostas, os soteropolitanos precisam se preocupar com outro problema que está logo ali no horizonte: a chuva. Nesta segunda-feira (15), a prefeitura apresentou os detalhes da Operação Chuva para minimizar os estragos causados todos os anos pelas águas de março que fecham o verão.

A previsão é de que chova menos em 2021 na comparação com 2020, o que não é muito difícil já que o ano passado foi o mais chuvoso dos últimos 36 anos, mesmo assim, é sabido que as águas provocam estragos na capital baiana. O prefeito Bruno Reis lembrou que a previsão é de 40% menos de chuva, mas que essa é apenas uma previsão, e destacou fenômenos não previstos, como o cavado, que aconteceram em 2020.

“Nós sabemos que a cada ano aumenta a intensidade das chuvas por conta das questões climáticas. Enfrentar fenômenos meteorológicos não é fácil, mas Salvador tem se preparado”, afirmou o prefeito.   Prefeito durante a apresentação dos detalhes da operação (Foto: Betto Jr/ CORREIO) Bruno assinou o decreto que institui a Operação Chuva 2021, em solenidade simbólica na sede da Defesa Civil de Salvador (Codesal), na Avenida Bonocô, e os procedimentos foram divididos em duas etapas.

A primeira, classificada como preparatória, ocorre durante todo o ano e corresponde à intensificação das ações preventivas. A outra etapa é de alerta, realizada nos meses de abril a junho com medidas de monitoramento e resposta às situações de risco ou desastre.

Prevenção As ações preparatórias envolvem uma série de medidas, como obras de contenção de encostas. Nos últimos anos, a capital baiana ganhou 102 contenções definitivas de cortina atirantada ou solo grampeado. Há oito intervenções deste tipo em andamento e três previstas para iniciar nas próximas semanas.  

Já a aplicação de geomantas, que tem a mesma finalidade, mas é uma estrutura mais simples, foi instalada em 205 pontos da cidade, sendo que outras quatro estão em execução. 

“São quase R$160 milhões investidos em 322 localidades que agora estão protegidas. Ou seja, com base no último censo do IBGE, que aponta 1.040 áreas de risco em Salvador, a Prefeitura resolveu um terço do problema. Isso tudo tem trazido segurança maior às famílias e fez com que reduzíssemos o número de desastres”, disse Bruno.

Alerta A Codesal já está cadastrando gratuitamente qualquer cidadão que deseja receber informações e avisos meteorológicos. Para isso, basta enviar SMS para o número 40199, informando apenas o CEP. O objetivo é ajudar agilizar evacuações em casos de emergência e manter o morador informado sobre as condições climática na área em que ele vive. O serviço é gratuito.

Está prevista também a instalação de 15 Plataformas de Coleta de Dados Geotécnicos (PCD Geotécnica), compostas por pluviômetros e sensor de umidade. A iniciativa é fruto de uma parceria do Município com o Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil (Cemadec), e a estimativa é de que elas estejam prontas ainda em 2021. Elas vão ajudar na maior precisão na emissão de alertas de risco de deslizamentos e antecipação das ações de prevenção dos impactos socioambientais. 

Além disso, 3 mil árvores serão plantadas para ajudar na contenção e paisagismo de 40 áreas. Também está prevista a realização de 24 simulados de evacuação, com acionamento do Sistema de Alerta e Alarme, nas comunidades Moscou (27/3), Baixa do Cacau (10/4), Bosque Real/Calabetão (17/4), Vila Picasso/Voluntários da Pátria (8/5) e Bom Juá/Mamede (15/5).

Planejamento A prefeitura mapeou 138 áreas da cidade com identificação dos riscos de deslizamento e/ou alagamento, locais que carecem de obras de urbanização de canais e contenções. A Defesa Civil mantém plantão 24 horas e atende as demandas da população pelo telefone gratuito 199.

De janeiro a fevereiro deste ano, cerca de 42.434 m² de lona plástica foram utilizadas para proteger 209 áreas de risco. As equipes técnicas também realizaram nas encostas serviços de capinação, roçagem, retirada de entulho, remoção de terra, lixo e limpeza de valetas. A manutenção da rede de micro e macrodrenagem também integra o escopo de ações contínuas.

De 2020 para cá, 15 canais – o que corresponde a cerca de 2.250 metros – já passaram por serviço de dragagem e 5.935 caixas coletoras foram alvos de limpeza. Foram feitas, ainda, a desobstrução de 127.084 metros de galerias de drenagem, recuperação de 2.128 metros de escadarias drenantes e poda e supressão de 14 mil árvores. 

Outra estratégia é a capacitação de famílias que residem em áreas de risco para que elas saibam lidar de forma preventiva eventuais perigos decorrentes de fatores climatológicos. Já foram formados 57 Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil (Nupdecs), capacitando 2.367 moradores.